Segurança cibernética

Mais de 100 falhas afetam redes LTE e 5G

Pesquisadores identificaram mais de 100 vulnerabilidades em redes LTE e 5G, incluindo falhas críticas que podem permitir interrupções de serviços celulares e invasões de redes centrais.

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Pesquisadores de segurança revelaram 119 vulnerabilidades em redes LTE e 5G que podem ser exploradas por invasores para comprometer serviços celulares e acessar redes centrais. Essas falhas abrangem sete implementações de LTE (Open5GS, Magma, OpenAirInterface, Athonet, SD-Core, NextEPC, srsRAN) e três de 5G (Open5GS, Magma, OpenAirInterface), como detalhado por acadêmicos da Universidade da Flórida e da Universidade Estadual da Carolina do Norte.

As vulnerabilidades, descritas no estudo intitulado “RANsacked: Uma abordagem informada por domínio para fuzzing de interfaces RAN-Core LTE e 5G”, destacam que cada uma das falhas pode causar interrupções significativas em comunicações celulares, incluindo chamadas, mensagens e dados em grandes áreas urbanas.

Como os ataques podem ocorrer?

Falhas 5G
Imagem: The Hacker News

Os pesquisadores explicaram que um invasor não autenticado pode, com um único pacote de dados, travar continuamente elementos críticos da rede, como a Entidade de Gerenciamento de Mobilidade (MME) no LTE ou a Função de Gerenciamento de Acesso e Mobilidade (AMF) no 5G. Isso não requer nem mesmo a autenticação de um cartão SIM.

Além disso, muitas dessas falhas estão associadas a estouros de buffer e erros de memória que permitem o acesso indevido à rede central. Isso expõe dados sensíveis, como informações de localização e conexões de assinantes, além de possibilitar ataques direcionados a usuários específicos.

Categorias de vulnerabilidades

As 119 falhas foram classificadas em dois grupos principais:

  1. Exploráveis por dispositivos não autenticados: Ataques podem ser realizados diretamente a partir de aparelhos móveis não autenticados.
  2. Exploráveis por invasores que comprometeram estações base ou femtocélulas: Esse tipo de ataque explora dispositivos de rede mal protegidos, como femtocélulas domésticas e estações base gNodeB.

Entre as vulnerabilidades identificadas:

  • 79 falhas em implementações MME.
  • 36 falhas em implementações AMF.
  • 4 falhas em implementações SGW.

Femtocélulas e riscos em expansão

A adoção crescente de femtocélulas para uso residencial e a maior acessibilidade de estações base em redes 5G têm ampliado os riscos. Esses equipamentos, antes protegidos fisicamente, agora estão expostos a ataques físicos e digitais, aumentando as ameaças à segurança da infraestrutura de redes móveis.

O estudo enfatiza a necessidade de proteger interfaces RAN e reforçar a segurança das redes LTE e 5G para enfrentar essas vulnerabilidades iminentes.