A Mozilla se tornou o mais recente navegador a testar e incorporar o Controle de Privacidade Global no Firefox esta semana, intitulando-se como “o primeiro grande navegador da web” a fazê-lo. O GPC instrui os sites a não vender ou compartilhar dados pessoais. Ele é exigido pela Lei de Proteção ao Consumidor da Califórnia (CCPA) e pelo Regulamento de Proteção Global de Dados da Europa (GDPR). A Mozilla disse que o GPC é um recurso de pré-lançamento disponível para uso experimental no Firefox Nightly.
Da mesma forma, um porta-voz da Mozilla disse que eles estavam animados em ver o GPC ganhando força tanto na Califórnia quanto no Colorado. Agora esperam que os sites comecem a honrá-lo, eles querem começar a obter experiência com ele no campo.
“Muitos sites apresentam banners de consentimento de cookies que permitem que os usuários optem por não rastrear e ter seus dados vendidos site por site. A diferença aqui é que o usuário não precisa optar por sair em todos os sites. Achamos que é uma solução melhor”, disse a Mozilla.
A Mozilla foi um dos primeiros apoiantes do CCPA e do CPRA e, em 2020, tornamo-nos um dos membros fundadores do Global Privacy Control. Apoiamos este conceito porque dá às pessoas mais controle sobre os seus dados online. Nossa abordagem à privacidade tem sido a de lutar em diferentes frentes. É por isso que lançamos a Proteção Avançada contra Rastreamento por padrão em 2019. Assim, desde então, expandimos nosso arsenal de ferramentas anti-rastreamento, defendendo uma forte legislação e fiscalização da privacidade.
Mozilla Firefox se junta a navegadores que implementam o Controle Global de Privacidade
Para ativar o Controle Global de Privacidade no Firefox Nightly, os usuários podem digitar about: config na barra de URL do navegador Firefox ou digitar `globalprivacycontrol` na caixa de pesquisa. Então, a partir daí, mude `privacy.globalprivacycontrol.enabled` para true.
Do mesmo modo, se você visitar https://globalprivacycontrol.org/, o site dirá se você o ativou ou não.
Além disso, Abine, Brave, Disconnect, DuckDuckGo, OptMeowt e Privacy Badger estão listados no site da GPC como navegadores que incorporaram o recurso em seu serviço.
O Washington Post relatou esta semana que o GPC é parte de um esforço de organizações como a Electronic Frontier Foundation e Consumer Reports. Assim, deve forçar os sites a respeitarem a privacidade. Entretanto, por enquanto, a medida vale em poucos estados norte-americanos, como a Califórnia.
“De acordo com a lei, deve ser honrado pelas empresas cobertas como uma solicitação válida do consumidor para interromper a venda de informações pessoais”, disse o procurador-geral da Califórnia, Robert Bonta, em um site explicando a CCPA.
“A CCPA exige que as empresas tenham um controle de privacidade global habilitado pelo usuário como uma solicitação do consumidor legalmente válida para recusar a venda de seus dados. A CCPA abriu a porta para o desenvolvimento de um padrão técnico, como o GPC, que atende a esse requisito legal e protege privacidade”. Foi o que disse o ex-procurador-geral da Califórnia Xavier Becerra, que agora é secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.
Via ZDNet