Uma falsa sensação de vitória, rivalidades antigas mal resolvidas, inveja, disputa por mercado ou um pouco de tudo isso? Bem, ainda não se sabe ao certo mas o fato é que para projeto GNU, não se deve abreviar o nome Windows para “win”, que significa vencer em tradução para o português. Essa resolução faz parte, inclusive de um código de ética, se podemos assim chamar, entre os desenvolvedores.
Em um extenso guia que foi criado ainda nos anos 80 por seu polêmico fundador Richard Stallman, é possível encontrar várias curiosidades. Nesse guia há tudo, desde quais linguagens de programação usar, até como escrever programas robustos, formatar seu código fonte e até mesmo como se referir a softwares proprietários. No entanto, é em uma pequena seção sobre portabilidade entre tipos de sistemas que o manual diz algumas coisas bastante “interessantes” sobre como falar sobre Windows.
Vitória ou sofrimento? Para projeto GNU, não se deve abreviar o nome Windows para”win”
Na seção do manual em questão, eles falam sobre como sistemas de suporte além do Unix, ou seja, MSDOS, Windows e até sistemas Macintosh, representam “geralmente muito trabalho”. Então eles recomendam que você gaste melhor seu tempo em ser útil para a comunidade GNU e GNU/Linux em vez de desperdiçar tempo suportando sistemas incompatíveis.
Porém, o melhor do manual pode ser encontrado no seguinte parágrafo:
Se você vai usa o Windows, por favor, não o abreviam como “win”. Na terminologia hacker, chamar algo de “win” é uma forma de louvor. Você é livre para elogiar o Microsoft Windows por conta própria, se desejar, mas por favor, não o faça em pacotes GNU. Você pode escrevê-lo na íntegra ou abviá-lo para “woe” ou “w”.
Então, se você vai colaborar com o projeto GNU de alguma forma, você sabe, nunca deve se referir ao sistema da Microsoft como “win” (vitória, vitória, triunfo, sucesso), mas como “woe” (dor, aflição, infortúnio, miséria, calamidade).” Não queremos que você venha e elogie o Windows em pacotes GNU”
Se isso parece um pouco bobo para você, ou até radical demais, você provavelmente não é o único que pensa assim. A Free Software Foundation (principal patrocinadora do Projeto GNU) é famosa por suas nuances um tanto extremas, assim como seu fundador. Não muito tempo atrás, o próprio Linus Torvalds contou como ele abraçou o código aberto para se separar com um pouco das “loucuras quase religiosas” do software livre, Richard Stallman e da FSF.
Via Genbeta