A Intel revelou alguns planos ainda envolvidos em mistério para o silicon definido por software na próxima versão do kernel Linux. Porém, a existência do Silicon definido por software (SDSI) surgiu em outubro de 2021, quando os funcionários da Intel postaram na lista de discussão do Kernel Linux com dicas sobre novas funcionalidades que permitiriam aos usuários comprar licenças que ativassem recursos fisicamente presentes nos processadores, mas que não estão disponíveis para usar fora da caixa.
Logo depois, a Intel atualizou seu código SDSI. Porém, manteve silêncio sobre seus recursos completos. Então, não disse nada sobre com quais processadores trabalharia e até sugeriu que talvez não estivesse relacionado a um produto real.
No entanto, os mantenedores do kernel Linux não gostam de ter código lixo inserido no projeto. Além disso, o SDSI é uma ideia muito complexa e tentadora para ser um simples pensamento da Intel.
Na semana passada, esses argumentos ficaram mais difíceis de acreditar com uma nova postagem na Linux Kernel Mailing List. Nela, o funcionário da Red Hat, Hans de Goede, indicou que a subsidiária da IBM revisou o SDSI e pretende adicioná-lo ao kernel Linux “antes da janela de mesclagem 5.18. ” O post foi endereçado ao pessoal da Intel e da Linux Foundation.
Red Hat sinaliza que silicon definido por software da Intel fará parte do kernel Linux 5.18
O Linux 5.18 é o próximo a sair da linha de produção. Enquanto isso, a versão 5.17 chegou ao quarto candidato a lançamento esta semana, com Linus Torvalds escrevendo que a nova versão parece “bastante normal”. Isso significa que haverá mais três ou quatro candidatos a lançamento. Por outro lado, a janela de mesclagem para a versão 5.18 será aberta em março. Assim, esta versão sai provavelmente em maio ou mais tardar em junho.
Portanto, com o SDSI, provavelmente presente no Linux no primeiro semestre de 2022, voltamos a especular sobre qual silicon da Intel poderia ser definido por software. Sabe-se que a Intel planeja trazer sua tecnologia Alder Lake. Ela combina diferentes tipos de núcleo em um único die – para suas CPUs Xeon para servidores.
Xeons com núcleos não utilizados que podem ser ativados para atualizar permanentemente um processador, ou sob demanda para lidar com atividades pesadas, certamente têm procura. O mesmo acontece com o acesso ocasional a recursos de processador voltados para outas atividades específicas. É o caso, por exemplo, da IA, que as organizações podem não executar todos os dias ou o dia todo.
Via The Register