A OnePlus acaba de oficializar as especificações da tela do OnePlus 15, e as novidades trazem uma mistura de avanços técnicos impressionantes e uma decisão que já está dividindo opiniões. A empresa promete uma das experiências visuais mais fluidas do mercado com taxa de atualização de 165Hz, brilho aprimorado e um novo chip Oppo P3 dedicado à estabilidade e eficiência energética.
No entanto, o ponto mais comentado é a redução da resolução para “1.5K”, uma escolha que parece contrariar a tendência dos últimos flagships da marca, que tradicionalmente adotavam painéis QHD+. Este artigo analisa o que essa mudança significa na prática, como ela impacta a experiência do usuário e o posicionamento do OnePlus 15 no mercado atual.
A tela é, sem dúvida, o coração da experiência de um smartphone — e a forma como a OnePlus equilibrou desempenho, consumo e qualidade visual no novo painel mostra uma estratégia ousada para competir com gigantes como Samsung e Xiaomi.
O que há de novo na tela do OnePlus 15?

O display do OnePlus 15 foi desenvolvido em parceria com a BOE, uma das maiores fabricantes de painéis do mundo. A marca afirma que o novo painel entrega melhor brilho, cores mais precisas e eficiência energética aprimorada em comparação com o OnePlus 13.
Além da evolução técnica, o destaque absoluto está na taxa de atualização de 165Hz, um número que ultrapassa até mesmo muitos monitores gamer de ponta.
Taxa de atualização de 165Hz: a fluidez no próximo nível
Uma tela de 165Hz significa que o display é capaz de atualizar a imagem 165 vezes por segundo, tornando a navegação e os jogos extremamente fluidos. Na prática, isso resulta em animações mais suaves, respostas instantâneas ao toque e menor atraso entre ações e visualização.
Para jogadores mobile, essa taxa é uma vantagem real — especialmente em títulos competitivos como PUBG Mobile, Call of Duty Mobile e Genshin Impact. Mesmo para quem não joga, a experiência no uso diário — rolar páginas, trocar entre apps, assistir vídeos — torna-se visivelmente mais agradável.
A OnePlus também incluiu tecnologia LTPO 3.0, que permite variar dinamicamente a taxa de atualização entre 1Hz e 165Hz, economizando energia quando o conteúdo exibido não exige tanta fluidez.
Brilho, cores e eficiência aprimorados
A nova tela do OnePlus 15 promete um aumento de 13% no brilho máximo e 11,8% na precisão de cores, alcançando níveis que se aproximam de monitores profissionais. O painel agora atinge pico de brilho acima de 3000 nits, o que garante excelente visibilidade mesmo sob luz solar direta.
Outro ponto relevante é a vida útil 30% maior do painel, resultado da nova arquitetura de subpixels e da atuação do chip Oppo P3, responsável por gerenciar temperatura, cor e estabilidade em tempo real.
O brilho mínimo de 1 nit e a certificação TÜV Rheinland complementam o pacote, garantindo conforto visual em ambientes escuros e redução significativa da emissão de luz azul.
O elefante na sala: o downgrade para resolução ‘1.5K’
Apesar de tantos avanços, a principal controvérsia gira em torno da resolução “1.5K”. O termo, que não é um padrão oficial, refere-se a uma resolução intermediária — geralmente em torno de 2772 x 1240 pixels — posicionada entre o Full HD+ e o QHD+ dos modelos anteriores.
Por que a OnePlus tomou essa decisão?
Segundo fontes próximas à empresa, a mudança foi motivada por uma combinação de fatores: eficiência energética, custo de produção e autonomia de bateria. Painéis QHD+ consomem significativamente mais energia, e a OnePlus busca oferecer melhor duração de bateria sem comprometer demais a qualidade visual.
Além disso, em telas menores que 7 polegadas, a diferença de nitidez entre 1.5K e QHD+ é quase imperceptível a olho nu — especialmente considerando o avanço nas técnicas de calibração de imagem e otimização de pixels.
Em resumo, trata-se de uma concessão estratégica: reduzir levemente a resolução para obter ganhos práticos em autonomia, temperatura e fluidez.
Ainda assim, para usuários que valorizam cada detalhe visual e utilizam o smartphone para consumo intenso de mídia ou edição de fotos, o “downgrade” pode parecer um retrocesso.
O que mais esperar do OnePlus 15?
A tela é apenas uma parte do pacote — e o restante do OnePlus 15 promete ser igualmente impressionante. O modelo virá equipado com o Snapdragon 8 Elite Gen 5, o processador mais poderoso da Qualcomm até o momento, prometendo desempenho de sobra para jogos, multitarefa e IA generativa.
O design deve seguir a linha premium, com bordas ultrafinas e traseira em vidro fosco. Além disso, o aparelho deve estrear globalmente em meados de novembro, reforçando a estratégia da OnePlus de competir diretamente com os lançamentos de final de ano, como o Galaxy S25 e o Xiaomi 15 Ultra.
Combinando potência, fluidez e eficiência, o novo topo de linha da marca tenta manter o equilíbrio entre inovação e pragmatismo — mesmo que isso signifique abrir mão de um número maior de pixels.
Conclusão: um sacrifício inteligente ou um passo para trás?
O painel do OnePlus 15 representa um avanço técnico significativo em fluidez, brilho e durabilidade, mas também um reposicionamento estratégico em termos de resolução. A empresa parece ter escolhido priorizar a experiência geral — especialmente em jogos e uso prolongado — em vez de perseguir especificações puramente numéricas.
No fim das contas, o sucesso dessa escolha dependerá de como os consumidores perceberão o equilíbrio entre desempenho e nitidez. Para muitos, a diferença de resolução pode passar despercebida; para outros, será um ponto de comparação inevitável com rivais que ainda oferecem QHD+.
E você, o que acha dessa troca? A fluidez de 165Hz compensa a resolução um pouco menor? Deixe sua opinião nos comentários!