Tensor G6 (2 nm TSMC): Pixel 11 não ficará mais para trás

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Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

Google Pixel 11 com Tensor G6 de 2 nm: Um salto gigante em performance?

A corrida pelo processo de fabricação mais avançado em chips móveis ganhou um novo capítulo. Segundo rumores recentes, o Tensor G6, futuro processador do Google Pixel 11, utilizará a tecnologia de 2 nm da TSMC, colocando o Google em pé de igualdade com os maiores nomes da indústria de semicondutores. Esse possível avanço representa não apenas um salto tecnológico, mas também um reposicionamento estratégico da linha Pixel no mercado premium de smartphones.

Tensor G6 de 2 nm: O Google Pixel 11 pode finalmente alcançar a concorrência

Neste artigo, vamos explorar a trajetória dos chips Google Tensor, a importância da transição para a TSMC, o significado da litografia de 2 nm, e o que isso pode representar para o desempenho, eficiência e relevância do Pixel 11 frente a concorrentes como Qualcomm e MediaTek.

Google Tensor 2 nm
Imagem: 9to5Google

O histórico dos chips Google Tensor: Uma jornada de aprendizado

Desde o lançamento do primeiro Google Tensor, o objetivo da empresa sempre foi claro: ter um SoC (System on Chip) customizado, capaz de atender melhor às suas ambições em IA embarcada, fotografia computacional e desempenho otimizado para o Android puro.

  • Tensor G1 (5 nm Samsung): A estreia aconteceu com o Pixel 6, marcando a primeira tentativa do Google em desenvolver seu próprio chip. Embora inovador em recursos de IA, o G1 ficou atrás em desempenho bruto e eficiência energética em comparação ao Snapdragon 888.
  • Tensor G2 (5 nm Samsung, com melhorias de eficiência): Presente na linha Pixel 7, trouxe ganhos incrementais, mas ainda manteve o Google atrás dos chips topo de linha da época, como o Snapdragon 8 Gen 1.
  • Tensor G3 (4 nm Samsung): Equipando o Pixel 8, o G3 melhorou o desempenho e trouxe mais capacidades de IA, mas seguiu aquém de concorrentes como o Snapdragon 8 Gen 2, fabricado pela TSMC em 4 nm, que liderava em eficiência e performance.
  • Tensor G4 (4 nm Samsung): Esperado para o Pixel 9, o G4 continua com a Samsung, gerando preocupação de que o Google seguisse atrás em eficiência térmica e desempenho geral.

Ao longo desses anos, ficou claro que a parceria com a Samsung Foundry, embora estratégica inicialmente, limitava o potencial dos chips Tensor em comparação com soluções fabricadas pela TSMC, reconhecida pela liderança tecnológica em litografia avançada.

A virada para a TSMC: O Tensor G5 e o 3 nm

O primeiro grande sinal de mudança veio com os rumores sobre o Tensor G5, planejado para o Pixel 10. Diferente das gerações anteriores, o G5 deverá ser fabricado pela TSMC utilizando o processo de 3 nm (N3E), uma tecnologia já adotada em chips como o Apple A17 Pro e o Snapdragon 8 Gen 3.

Essa transição não é trivial. A TSMC lidera o setor de semicondutores em eficiência de fabricação, entregando densidade de transistores superior, melhor desempenho por watt e maior controle de temperatura, fatores críticos para smartphones modernos com foco em IA, fotografia e multitarefas.

A decisão do Google de migrar sua produção para a TSMC demonstra um claro desejo de competir de forma mais agressiva com Qualcomm, MediaTek e Apple, além de atender às crescentes expectativas dos usuários do Pixel.

O salto quântico: Tensor G6 e a tecnologia de 2 nm

Agora, os rumores apontam que o verdadeiro divisor de águas será o Tensor G6, previsto para equipar o Pixel 11. O grande destaque é o possível uso do processo de 2 nm da TSMC, uma tecnologia ainda mais avançada que o N3E de 3 nm.

O que significa um processo de 2 nm?

O avanço para 2 nanômetros representa um enorme salto na densidade de transistores, permitindo que mais componentes sejam integrados em uma área menor, aumentando o desempenho e reduzindo o consumo de energia.

Principais benefícios esperados com o Tensor G6 2 nm:

  • Aumento de desempenho por watt, permitindo mais potência com menos geração de calor.
  • Melhor autonomia de bateria, graças à eficiência energética superior.
  • Capacidade de executar modelos de IA mais complexos, melhorando recursos como reconhecimento de voz, tradução instantânea e processamento de imagem em tempo real.

Além disso, ao adotar a TSMC em 2 nm, o Google pode se antecipar a vários concorrentes. Por exemplo, o Snapdragon 8 Elite (futuro sucessor da série 8 Gen 3) deve permanecer no processo de 3 nm, pelo menos por mais um ciclo. O mesmo vale para a maioria dos chips MediaTek Dimensity.

Essa vantagem litográfica pode transformar o Pixel 11 no smartphone Android mais avançado em termos de arquitetura de chip na época de seu lançamento.

Implicações para o Pixel 11 e o futuro do Google no hardware

A adoção do Tensor G6 2 nm deve refletir em melhorias tangíveis na experiência dos usuários do Pixel 11:

  • Desempenho mais fluido em jogos, com menos throttling térmico.
  • Respostas instantâneas em tarefas de IA, como comandos por voz, transcrição de áudio e tradução offline.
  • Fotografia ainda mais avançada, com maior poder de processamento para aplicar efeitos em tempo real e melhorar o pós-processamento de imagens.
  • Autonomia de bateria ampliada, algo que tem sido um dos pontos mais criticados nas gerações anteriores da linha Pixel.

No plano estratégico, o Google ganha fôlego para posicionar a linha Pixel como uma verdadeira alternativa premium, capaz de competir de igual para igual com modelos da Samsung, OnePlus e até mesmo da Apple.

Além disso, o controle mais refinado sobre o hardware pode permitir ao Google desenvolver exclusividades de software cada vez mais integradas com o processador, algo que a empresa já vem fazendo com recursos como o Recorder, o Call Screen e os modelos de IA generativa no próprio dispositivo.

Conclusão: O Google na vanguarda da inovação móvel

Se os rumores se confirmarem, o Tensor G6 2 nm pode marcar um divisor de águas na estratégia de hardware da Google. A transição para a TSMC e o uso de uma litografia de ponta posicionam o Pixel 11 como um forte candidato a redefinir o padrão de performance, eficiência energética e experiência de IA em smartphones Android.

Esse movimento mostra que o Google aprendeu com os desafios enfrentados nas gerações anteriores e está disposto a investir pesado para competir no segmento premium.

Agora, resta aos entusiastas da tecnologia aguardarem os anúncios oficiais e, claro, acompanhar de perto os próximos passos da gigante das buscas no competitivo mercado de dispositivos móveis.

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