O aplicativo de mensagens WhatsApp relatou a proibição de mais de 400.000 contas que violaram os termos de serviço no Brasil durante as eleições do ano passado. As informações foram divulgadas pela empresa em um documento enviado às autoridades para apoiar uma investigação sobre a disseminação de informações erradas durante a campanha presidencial. Sendo assim, o WhatsApp baniu quase meio milhão de contas durante as eleições brasileiras.
WhatsApp baniu quase meio milhão de contas durante as eleições brasileiras
Segundo a empresa, as contas foram banidas entre 15 de agosto e 28 de outubro de 2018. Ainda não se sabe quais candidatos seriam potencialmente beneficiados ou prejudicados como resultado de mensagens em massa por meio do aplicativo.
Aprimoramentos do app
A empresa também observou que “aprimorou significativamente” o aplicativo. Assim, ela espera limitar a propagação de mensagens virais, com o encaminhamento de mensagens limitado a cinco conversas por vez. Também está usando rótulos ‘encaminhados’ e ‘altamente encaminhados’ para ajudar os usuários a identificar conteúdo não pessoal.
A campanha que levou à eleição do atual presidente Jair Bolsonaro foi vinculada a um esquema difamatório pelo qual as empresas foram acusadas de contratar um serviço multimídia de milhões de dólares para atacar seu oponente.
A legislação eleitoral apenas permite o uso de listas de contatos elaboradas voluntariamente pelas próprias campanhas. O financiamento de campanhas comerciais também é proibido no país, o que consideraria ilegal toda a operação.
Quando o WhatsApp limitou o encaminhamento de mensagens, o filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, criticou a decisão do aplicativo. Ele disse que mudaria para outras plataformas, como o Telegram, para se comunicar com a base de apoiadores.
Acredita-se que a família foi aconselhada pelo ex-estrategista de campanha de Donald Trump, Steve Bannon.
Fonte: ZDNet