O Apple Vision Pro marcou a estreia da Apple no setor de realidade mista e abriu as portas para o conceito de computação espacial. Apesar do impacto inicial e da curiosidade despertada, o dispositivo também enfrentou críticas relacionadas ao preço elevado, ao peso desconfortável e a limitações de desempenho. Agora, o mercado aguarda com expectativa o lançamento do Apple Vision Pro 2, que promete corrigir falhas da primeira geração e fortalecer a aposta da empresa no futuro dessa tecnologia.
Neste artigo, vamos analisar os três principais rumores que cercam o novo headset da Apple: um salto de performance com o chip M4 ou M5, uma solução para o conforto com uma nova alça de suporte e um avanço significativo em inteligência artificial, impulsionado por um Neural Engine aprimorado. Essas mudanças podem definir se o Vision Pro deixará de ser apenas um produto de nicho para se tornar um marco mais acessível dentro da realidade mista.
Embora o preço deva permanecer elevado, essas atualizações representam um passo fundamental para consolidar a visão da Apple de tornar a computação espacial um elemento central do futuro da tecnologia.
O salto de performance: o cérebro por trás da visão
Uma das maiores expectativas em torno do Apple Vision Pro 2 é a troca do chip M2, presente no modelo original, por uma versão mais avançada da família Apple Silicon.
De M2 para M5: o que isso significa na prática?
Segundo rumores, o headset poderá receber o chip M4 ou até mesmo o inédito chip M5, trazendo um ganho de até duas gerações em relação ao processador atual. Isso significa:
- Gráficos mais realistas, capazes de tornar a experiência visual ainda mais imersiva.
- Menor latência, fator crítico para reduzir o risco de enjoo durante longas sessões de uso.
- Execução multitarefa mais fluida, permitindo rodar simultaneamente aplicativos de produtividade, colaboração e entretenimento.
- Maior eficiência energética, prolongando a autonomia da bateria sem comprometer o desempenho.
Esse salto em processamento não é apenas um upgrade técnico, mas um fator determinante para tornar o Vision Pro mais competitivo frente a concorrentes como os headsets da Meta e da Samsung.
A disputa de rumores: Ming-Chi Kuo aposta no M5
O analista Ming-Chi Kuo, conhecido por seus acertos em previsões sobre a Apple, aponta que o Vision Pro 2 será lançado já com o chip M5. Por outro lado, Mark Gurman, da Bloomberg, acredita que a empresa deve optar pelo M4, garantindo maior consistência com a geração atual de Macs e iPads.
Independentemente de qual versão seja confirmada, o consenso é que o Apple Vision Pro 2 terá poder de processamento significativamente superior, consolidando sua posição como referência em computação espacial.
Resolvendo o maior problema do vision pro: o conforto
Apesar das inovações, uma das críticas mais recorrentes ao Vision Pro original foi o peso excessivo e a sensação de desconforto em sessões prolongadas de uso.
Uma nova alça para aliviar a tensão
Rumores apontam que a Apple está desenvolvendo uma nova alça (headband), projetada para redistribuir melhor o peso do dispositivo entre a cabeça e o pescoço do usuário. Essa mudança poderia reduzir a pressão no rosto, oferecendo maior conforto para profissionais, desenvolvedores e gamers que utilizam o headset por várias horas seguidas.
Essa modificação, embora simples em conceito, pode ser decisiva para aumentar a adoção do dispositivo, já que o conforto físico é um dos maiores obstáculos no uso cotidiano de headsets de realidade mista.
Uma boa notícia para os donos do primeiro vision pro?
Outro ponto interessante é a possibilidade de a nova alça ser compatível com a primeira geração do Vision Pro e vendida separadamente. Caso isso aconteça, os usuários que já investiram no modelo original poderão realizar um upgrade de conforto sem precisar adquirir o novo headset.
Essa estratégia também reforçaria o compromisso da Apple em prolongar a vida útil de seus produtos e ampliar a base de usuários satisfeitos dentro do ecossistema visionOS.
Acelerando a inteligência artificial a bordo
Se desempenho e conforto são pontos importantes, a terceira grande aposta da Apple para o Vision Pro 2 está no campo da inteligência artificial.
Um neural engine com mais núcleos para o visionOS
O Neural Engine é o componente dedicado ao processamento de tarefas de machine learning e IA dentro dos chips da Apple. A expectativa é que o Vision Pro 2 venha equipado com um Neural Engine com ainda mais núcleos, ampliando significativamente sua capacidade de análise em tempo real.
Na prática, isso significa avanços como:
- Rastreamento mais preciso de olhos e mãos, oferecendo interações naturais e intuitivas.
- Reconhecimento de objetos no ambiente, fundamental para experiências de realidade aumentada mais ricas.
- Execução local de modelos de IA complexos, sem depender da nuvem, o que garante maior privacidade e menor latência.
Essa integração reforça a visão da Apple de transformar o Vision Pro em um dispositivo não apenas de entretenimento, mas também de produtividade e colaboração em ambientes corporativos, acadêmicos e criativos.
Conclusão: uma evolução necessária, mas não uma revolução
O Apple Vision Pro 2 não deve ser visto como uma reinvenção do conceito original, mas como uma evolução necessária. Ao trazer um processador mais poderoso, melhorias de conforto físico e maior ênfase em inteligência artificial, a Apple busca refinar a experiência de computação espacial e corrigir falhas que limitaram o alcance do primeiro modelo.
Ainda assim, o preço elevado continuará sendo uma barreira importante. A grande questão é se esses avanços serão suficientes para convencer consumidores e empresas a apostar no dispositivo como parte do futuro da realidade mista.
E você? Com um provável preço ainda nas alturas, acredita que esses upgrades de performance e conforto justificam o investimento no Apple Vision Pro 2? Compartilhe sua opinião nos comentários!
