Impacto econômico

Tarifas de Trump podem elevar preço do iPhone a níveis históricos

Trump ameaça impor nova tarifa de 50% à China, podendo elevar o preço do iPhone 16 Pro Max para até US$ 3.000 e abalar o mercado global.

Apple iPhone 17

A recente escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, impulsionada por novas declarações do ex-presidente Donald Trump, pode ter sérias consequências para consumidores e empresas americanas, especialmente a Apple. Após já ter anunciado tarifas pesadas sobre produtos chineses, Trump ameaçou aplicar uma nova taxa adicional de 50% caso a China não revogue a atual tarifa de 34% sobre produtos norte-americanos.

Trump volta a ameaçar China e pode disparar preços do iPhone nos EUA

Imagem de iPhones 17

Atualmente, os iPhones produzidos na China enfrentam uma taxa de importação combinada de 54%. Com a nova ameaça, esse número pode saltar para 104%, impactando diretamente o preço final dos produtos da Apple. Estimativas da Rosenblatt Securities indicam que o iPhone 16 básico pode passar de US$ 799 para US$ 1.142, enquanto o modelo topo de linha, iPhone 16 Pro Max com 1 TB, poderia alcançar a marca histórica de US$ 2.300.

Contudo, se Trump avançar com a nova tarifa, esse mesmo modelo de iPhone pode chegar a custar US$ 3.000. A Apple até poderia absorver parte dos custos para evitar repassar ao consumidor, mas isso comprometeria severamente suas margens de lucro e impactaria negativamente o valor de suas ações.

Na manhã do anúncio da nova ameaça tarifária, o mercado financeiro reagiu com forte volatilidade. O índice Dow Jones, que já apresentava queda de 500 pontos, despencou outros 300 pontos em poucos segundos. As ações da Apple, que haviam se recuperado momentaneamente, sofreram nova baixa de US$ 8.

Enquanto isso, a T-Mobile se destacou positivamente, com suas ações subindo cerca de US$ 2 no mesmo período — um reflexo do impacto desproporcional que as tarifas causam em empresas com cadeias produtivas globalizadas, como a Apple.

Trump argumenta que seu objetivo é forçar países parceiros a reverem seus acordos comerciais com os EUA, promovendo trocas mais equilibradas e eliminando barreiras consideradas injustas. O grande risco, no entanto, é que essa estratégia provoque uma desaceleração econômica global, potencialmente levando os EUA a uma recessão — ou até mesmo a uma depressão.

E para quem acredita que a Apple poderia simplesmente deslocar sua produção para outros países como Índia ou Vietnã, há um detalhe importante: as tarifas de Trump não se limitam à China. Países como Índia, Vietnã e até mesmo regiões inóspitas como as Ilhas Heard e McDonald também enfrentam tarifas, ainda que sejam habitadas apenas por pinguins — criaturas pouco qualificadas para trabalhar em linhas de montagem.

Com o cenário cada vez mais incerto, consumidores, investidores e empresas seguem atentos às próximas ações de Trump, cujas decisões podem redefinir o mercado global de tecnologia nos próximos meses.