DREX: O futuro brilhante e os desafios da moeda digital do Brasil

DREX a moeda digital do Brasil segue em testes. Na imagem temos as cores azul, amarelo e verde e a logo do DREX ao centro.

De acordo com Denis Furtado, diretor da Smart Solutions, a esfera financeira global está passando por uma revolução notável. Uma das inovações mais recentes é o surgimento do Digital Real Exchange (DREX), uma proposta revolucionária que tem o potencial de remodelar o setor bancário e os serviços financeiros.

O que é o DREX?

Denis Furtado explica que o DREX é a versão digital do real brasileiro, com valor e aceitação equivalentes ao real físico. Está intimamente associado à tecnologia Blockchain, um registro digital distribuído e seguro que registra transações de maneira permanente e transparente.

Implementação do DREX

Furtado esclarece que o DREX ainda está em fase de testes, com 16 empresas e consórcios selecionados pelo Banco Central do Brasil (Bacen) para testá-lo. A expectativa é alta: 60% dos brasileiros acreditam que o DREX trará benefícios para a economia e 50% estão dispostos a usá-lo.

Quais as instituições escolhidas para testes o DREX?

As 16 instituições selecionadas pelo Banco Central do Brasil para participar dos testes do DREX são as seguintes:

  1. Bradesco
  2. Nubank
  3. Banco Inter, Microsoft e 7Comm
  4. Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM
  5. Itaú Unibanco
  6. Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin
  7. SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred
  8. XP, Visa
  9. Banco BV
  10. Banco BTG
  11. Banco ABC, Hamsa, LoopiPay
  12. Banco B3, B3 e B3 Digitas
  13. ABBC: bancos Brasileiro de Crédito, Ribeirão Preto, Original, ABC, BS2 e Seguro; ABBC, BBChain, Microsoft e BIP
  14. Banco do Brasil

Essas empresas e consórcios foram selecionados para participar do piloto do chamado Real Digital, também conhecido como Piloto RD.

Impacto Econômico do DREX

A moeda digital representa um novo paradigma para o sistema financeiro, com potencial para impulsionar a economia e democratizar o acesso a serviços bancários. Estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sugerem que o DREX pode aumentar o PIB do Brasil em até 1% e criar até 2 milhões de novos empregos.

Desafios de Segurança

No entanto, essa nova maneira de fazer negócios também traz desafios significativos, especialmente em relação à segurança e integridade das transações.

Fraude: Um Risco Controlável?

Assim como outras inovações financeiras, como o PIX, o DREX não estará isento de fraudes. É crucial entender que as vulnerabilidades não residem apenas no sistema em si, mas também no comportamento humano. O PIX, apesar de sua eficiência e conveniência, também tem sido alvo de fraudadores que exploram falhas nas práticas de segurança e no comportamento dos usuários. Da mesma forma, o DREX enfrentará desafios semelhantes, exigindo medidas proativas para mitigar riscos.

A segurança no ambiente digital é uma responsabilidade compartilhada entre o setor público e privado: instituições financeiras, desenvolvedores de tecnologia e usuários finais. À medida que nos preparamos para a adoção do DREX, é crucial que todas as partes envolvidas estejam cientes dos riscos potenciais e tomem medidas para proteger seus dados e ativos financeiros.

Isso inclui a implementação de protocolos robustos de segurança cibernética, a educação dos usuários sobre boas práticas de segurança e o desenvolvimento contínuo de tecnologias de detecção e prevenção de fraudes.

Além disso, é fundamental que os reguladores e órgãos governamentais continuem monitorando de perto a implementação do DREX e promovam um ambiente regulatório que incentive a inovação, protegendo ao mesmo tempo, os consumidores e a integridade do sistema financeiro.

O DREX representa uma nova fronteira emocionante para os serviços financeiros, oferecendo oportunidades sem precedentes para a inclusão financeira e o desenvolvimento econômico. No entanto, não podemos ignorar os desafios que acompanham essa transformação. A prevenção de fraudes é uma preocupação central que deve ser abordada de forma proativa e colaborativa por todas as partes interessadas. Somente assim poderemos colher seus benefícios e garantir a segurança e a confiabilidade do sistema financeiro digital do futuro.

Curiosidades sobre o DREX

  1. O que é DREX?: O DREX é a versão digital do real brasileiro, criado pelo Banco Central (BC). Ele será a primeira moeda virtual oficial do Brasil e será utilizado apenas no ambiente digital.
  2. Origem do DREX: O conceito de moeda digital recebe o nome de CBDC (Central Bank Digital Currency). Atualmente, estima-se que 134 países estejam estudando a criação de uma moeda digital. Destes, 68 estão em fase avançada de desenvolvimento ou teste – entre eles, o Brasil.
  3. Significado do nome DREX: A moeda digital brasileira iria se chamar Real Digital, mas foi rebatizada de DREX em agosto de 2023. Cada letra representa uma característica da moeda digital: a letra “D” faz referência à palavra digital, enquanto “R” representa o real. A letra “E” vem de eletrônico, enquanto o “X” traz a ideia de conexão e está associada à tecnologia utilizada, semelhante ao Pix.
  4. Funcionamento do DREX: O DREX será emitido e regulado pelo próprio Banco Central. Ele terá o mesmo valor e a mesma cotação que o real, além da mesma aceitação, garantias e segurança do real tradicional.
  5. Objetivo do DREX: O principal objetivo do BC é diminuir os custos de operações bancárias no Brasil, além de ampliar o número de pessoas no mercado financeiro.
  6. DREX e PIX: O DREX será usado em serviços financeiros –empréstimos, seguros e investimentos, por exemplo, enquanto o PIX é voltado para os serviços de pagamento, como transferências.
  7. Custo do DREX: Outra diferença em relação ao Pix é que o Real Digital deve ter um custo de uso. Contudo, os custos das operações financeiras, como são feitas hoje, serão diminuídos com o Real Digital.
  8. Segurança do DREX: A integridade do DREX não se limita ao seu arcabouço tecnológico; também reside na capacidade dos usuários de permanecerem vigilantes contra ameaças potenciais, como esquemas de phishing e táticas de engenharia social.