O fim do suporte do Windows 10 marca oficialmente o encerramento de uma era. Após quase uma década de domínio nos computadores pessoais, a Microsoft liberou, em 14 de outubro de 2025, a última atualização cumulativa do sistema: a KB5066791.
Com isso, o Windows 10 encerra seu ciclo de vida, deixando milhões de usuários diante de uma decisão importante sobre o futuro de seus PCs.
- O adeus oficial: conheça a atualização KB5066791
- O que significa na prática o fim do suporte do Windows 10?
- Seus próximos passos: quais são as opções para os usuários do Windows 10?
- Opção 1: a recomendação oficial da Microsoft – migrar para o Windows 11
- Opção 2: o caminho pago – atualizações de segurança estendidas (ESU)
- Opção 3: a alternativa do pinguim – por que não considerar o Linux?
- Conclusão: um novo capítulo para os usuários de PC
Este artigo explica o que é essa atualização final, o que o fim da vida útil do Windows 10 significa na prática — especialmente em termos de segurança e funcionamento — e traz um guia completo com as opções disponíveis daqui para frente, incluindo a migração para o Windows 11 e alternativas como o Linux.
O momento é crítico: com o suporte encerrado, cada usuário precisa decidir rapidamente como proteger seus dados e garantir que seu computador continue seguro e funcional nos próximos anos.
O adeus oficial: conheça a atualização KB5066791

A atualização KB5066791 é o último pacote cumulativo lançado para o Windows 10, encerrando oficialmente o ciclo de suporte do sistema.
Com ela, a compilação final do Windows 10 versão 22H2 passa a ser 19045.6456, representando o último marco técnico antes do encerramento total das atualizações automáticas.
Esta atualização não é apenas simbólica — ela corrige mais de 170 vulnerabilidades, incluindo seis falhas de dia zero exploradas ativamente por cibercriminosos. Por isso, é altamente recomendável que todos os usuários a instalem o quanto antes, garantindo que o sistema esteja protegido até o limite máximo possível antes do término do suporte.
Depois dessa atualização, nenhum novo patch de segurança será lançado para o público geral. Ou seja: o KB5066791 é o último escudo que a Microsoft oferece aos usuários do Windows 10.
O que significa na prática o fim do suporte do Windows 10?
O encerramento do suporte não apaga o Windows 10 do mapa. O sistema continuará funcionando normalmente em milhões de máquinas, mas as consequências práticas desse fim são significativas — especialmente quando se trata de segurança digital e longevidade do sistema.
Riscos de segurança: a principal preocupação
Sem suporte oficial, o Windows 10 não receberá mais atualizações de segurança. Isso significa que qualquer nova vulnerabilidade descoberta a partir de agora nunca será corrigida pela Microsoft.
Hackers e grupos mal-intencionados costumam se aproveitar justamente desse tipo de situação, explorando falhas conhecidas em sistemas obsoletos para disseminar malware, ransomware e golpes de roubo de dados.
Mesmo com antivírus e firewalls atualizados, a ausência de patches de segurança do sistema operacional cria brechas inevitáveis.
Na prática, continuar usando o Windows 10 após o fim do suporte é o mesmo que navegar sem colete salva-vidas: pode funcionar por um tempo, mas o risco aumenta a cada dia.
Sem novas funcionalidades e correções de bugs
Além da segurança, outro ponto importante é a falta de atualizações funcionais.
Sem o suporte da Microsoft, o Windows 10 não receberá novos recursos, melhorias de desempenho nem correções de bugs. Problemas de compatibilidade com novos hardwares, drivers e aplicativos também começarão a surgir com o tempo.
O sistema, portanto, entra em um estado de congelamento, preso em 2025 — enquanto o ecossistema de software e hardware continua avançando. Isso afeta desde periféricos mais recentes até jogos e programas profissionais que, gradualmente, deixarão de oferecer suporte ao Windows 10.
Seus próximos passos: quais são as opções para os usuários do Windows 10?
Com o fim do suporte decretado, os usuários precisam escolher qual caminho seguir. A boa notícia é que há três alternativas claras, cada uma com suas vantagens e limitações.
Opção 1: a recomendação oficial da Microsoft – migrar para o Windows 11
A migração para o Windows 11 é a opção mais direta e recomendada pela Microsoft.
O sistema mais recente da empresa oferece suporte contínuo até pelo menos 2031, além de melhorias significativas em segurança, design, integração com IA (Copilot) e otimizações de desempenho.
Entre os principais benefícios estão:
- Suporte contínuo a atualizações de segurança e estabilidade;
- Recursos modernos, como integração com o Copilot, melhorias no Gerenciador de Tarefas e interface mais limpa;
- Melhor compatibilidade com hardware e softwares modernos.
Por outro lado, há um grande obstáculo: os requisitos de hardware do Windows 11.
Para instalar o sistema, o computador precisa ter TPM 2.0, Secure Boot e processadores relativamente recentes. Isso exclui muitos PCs que ainda rodam perfeitamente bem com o Windows 10.
Usuários com máquinas mais antigas podem até recorrer a métodos não oficiais de instalação, mas isso pode comprometer a segurança e a estabilidade do sistema.
Opção 2: o caminho pago – atualizações de segurança estendidas (ESU)
Para quem não pode migrar imediatamente, a Microsoft oferece o programa ESU (Extended Security Updates), ou Atualizações de Segurança Estendidas.
Esse programa fornece patches de segurança por tempo limitado, mediante assinatura paga, prolongando a proteção do Windows 10 por até três anos adicionais — até outubro de 2028.
Originalmente voltado a empresas, o ESU agora está disponível também para usuários domésticos, embora o preço ainda não seja acessível para todos.
Trata-se de uma solução temporária e de transição, ideal para quem precisa de mais tempo para planejar uma migração segura ou adquirir um novo computador compatível com o Windows 11.
Vale lembrar, no entanto, que as ESUs não incluem novos recursos — apenas correções críticas de segurança.
Opção 3: a alternativa do pinguim – por que não considerar o Linux?
Para milhões de usuários, especialmente aqueles com máquinas mais antigas, o Linux representa uma alternativa poderosa, segura e gratuita.
Com distribuições modernas como Linux Mint, Zorin OS, Ubuntu e Fedora Workstation, é possível obter um sistema rápido, estável e com interface amigável, capaz de rodar bem mesmo em computadores antigos.
Além disso:
- O Linux recebe atualizações regulares de segurança sem custo;
- Não há necessidade de ativação, licenciamento ou contas online obrigatórias;
- É altamente personalizável, permitindo adaptar o visual e o funcionamento conforme o gosto do usuário;
- Oferece compatibilidade crescente com aplicativos populares e suporte nativo a ferramentas como Steam, LibreOffice e Flatpak.
Para quem busca liberdade tecnológica e quer escapar do ciclo de upgrades forçados da Microsoft, dar uma chance ao Linux pode ser a melhor decisão em 2025.
Conclusão: um novo capítulo para os usuários de PC
O fim do suporte do Windows 10 é mais do que um marco técnico — é o encerramento de uma era na história da computação pessoal.
Depois de quase uma década de atualizações, estabilidade e popularidade, o sistema chega ao fim de sua jornada, deixando milhões de usuários diante de uma escolha inevitável.
Continuar usando o sistema sem suporte não é seguro, especialmente para quem usa o PC para trabalho, estudos ou transações online.
A hora é de agir com planejamento: instalar a última atualização KB5066791, fazer backup dos dados e decidir entre migrar para o Windows 11, optar pelas atualizações ESU ou adotar uma distribuição Linux.
O futuro dos PCs agora depende da decisão de cada usuário — e quanto mais cedo essa transição for feita, mais tranquila e segura ela será.
E você, qual será o seu próximo passo após o fim do suporte do Windows 10? Vai para o Windows 11, dará uma chance ao Linux ou tem outro plano? Compartilhe nos comentários!