Apple ajusta visual Liquid Glass no iOS 26 após críticas de usabilidade

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Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

A interface Liquid Glass do iOS 26 está passando por uma transformação significativa. Apresentada como uma das grandes apostas visuais da Apple durante a WWDC 2024, a proposta pretendia marcar uma nova era de sofisticação e fluidez para o sistema. No entanto, a mais recente versão beta do iOS 26 mostra que a companhia está reconsiderando aspectos importantes do design.

Neste artigo, vamos analisar o redesenho da interface Liquid Glass, explorando as mudanças aplicadas, o feedback da comunidade, o impacto na experiência de uso e o que isso revela sobre a atual filosofia de design da Apple. Mesmo com foco primário em sistemas Linux, é importante compreender tendências como essa que influenciam o design de interfaces em todo o ecossistema tecnológico.

A decisão da Apple de modificar o visual reflete um equilíbrio delicado entre ousadia estética e funcionalidade prática, revelando uma faceta mais flexível e responsiva diante das críticas da comunidade de desenvolvedores e usuários.

Liquid Glass iOS 26

A evolução do Liquid Glass no iOS 26 Beta

A estreia do conceito na WWDC 2024

Durante a WWDC 2024, a Apple surpreendeu ao anunciar o Liquid Glass, um novo estilo visual para o iOS 26 que prometia mais profundidade, fluidez e luminosidade à interface. Inspirado em materiais líquidos e superfícies translúcidas, o conceito visava proporcionar uma experiência sensorial refinada, com efeitos vítreos em widgets, telas de bloqueio e áreas do sistema como o Centro de Controle.

Craig Federighi, vice-presidente sênior de engenharia de software da Apple, descreveu o visual como “um vidro líquido que responde à luz e ao toque”. No entanto, a recepção não foi unânime.

A redução da transparência e suas razões

Na versão beta mais recente do iOS 26, os usuários notaram uma alteração sutil, porém significativa: a transparência extrema que caracterizava o Liquid Glass foi atenuada. Elementos antes translúcidos agora têm um fundo mais opaco, com menos brilho e menor distorção visual dos conteúdos de fundo.

Segundo analistas, essa decisão tem uma razão clara: melhorar a legibilidade e a acessibilidade, especialmente em ambientes com muita luz. Usuários com baixa visão relataram dificuldade para identificar textos e ícones sobre superfícies translúcidas demais.

Essa mudança indica que a Apple está ouvindo seus usuários, priorizando a funcionalidade sobre a estética pura — uma virada estratégica relevante para um sistema operacional que sempre prezou pela aparência impecável.

Feedback dos desenvolvedores e a decisão da Apple

A Apple possui um histórico misto quando se trata de ajustar o design com base em críticas. No entanto, nesta versão do iOS 26 Beta, ficou claro que a empresa levou em consideração o feedback dos desenvolvedores e usuários que testaram o sistema.

Muitos testers relataram que o excesso de efeitos translúcidos comprometia o foco, especialmente em dispositivos com telas menores ou em apps que já utilizam sobreposições visuais pesadas. Com isso, a Apple alterou discretamente o comportamento dos painéis flutuantes, da Central de Notificações e dos widgets, optando por um visual mais fosco e funcional.

Reações do público e o debate sobre o design

Nostalgia do design “fosco” e o contraste com a visão original

A nova versão do Liquid Glass provocou reações divididas na comunidade. Enquanto alguns elogiaram a maior clareza visual, outros acusaram a Apple de “regredir” para um design mais conservador, comparando com o visual do iOS 9 e do macOS Big Sur, ambos marcados por texturas mais opacas e elementos visuais menos ousados.

Há quem veja a mudança como um abandono da promessa original da Apple de criar uma estética verdadeiramente líquida e inovadora. Por outro lado, há um grupo que enxerga isso como uma volta à sobriedade, evitando os excessos visuais que prejudicam a experiência real de uso.

Esse embate reflete uma tensão recorrente na indústria de design de interfaces: inovar sem alienar usuários.

O futuro incerto e a abordagem experimental da Apple

Inconsistência na implementação entre apps

Um dos pontos mais criticados por quem acompanha o beta é a inconsistência na aplicação da interface Liquid Glass entre os aplicativos. Enquanto apps nativos como o Apple Music e o Tempo já incorporam o novo estilo de forma harmoniosa, outros — como Mail e Ajustes — ainda mantêm o visual antigo ou híbrido.

Essa falta de uniformidade indica que a Apple ainda está experimentando e ajustando a aplicação prática do Liquid Glass, algo que pode confundir os usuários e desenvolvedores até o lançamento final.

Além disso, a performance em modelos mais antigos (como o iPhone 13) tem sido questionada, com relatos de lag em transições com efeitos vítreos, o que pode forçar a Apple a limitar os recursos visuais aos chips mais recentes da linha A17 e M2.

Implicações para o lançamento público em setembro de 2025

Com o lançamento oficial previsto para setembro de 2025, ainda há tempo para que a Apple refine a experiência Liquid Glass. É possível que vejamos novas versões beta com ajustes de intensidade visual, melhor adaptação dinâmica ao ambiente e maior consistência entre aplicativos.

A empresa poderá adotar configurações personalizáveis de transparência, oferecendo ao usuário maior controle sobre o visual do sistema — algo que muitos já vêm solicitando.

Conclusão: Equilíbrio entre inovação e usabilidade

A saga do redesign da interface Liquid Glass no iOS 26 revela um aspecto fundamental do desenvolvimento de interfaces modernas: a busca constante pelo equilíbrio entre inovação visual e usabilidade prática. A Apple demonstrou disposição para recuar quando necessário, ajustando a experiência conforme o feedback real.

Essa abertura ao diálogo com usuários e desenvolvedores pode representar uma mudança positiva na cultura de design da empresa, tornando o iOS não apenas bonito, mas realmente funcional para todos os públicos.

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