A Microsoft se cansa do Windows e passa a investir pesadamente no desenvolvimento do Kernel Linux. A previsão é de um defensor do software de código aberto, Eric S Raymond. Para ele, a vitória do Linux no desktop é iminente. Então, segundo prevê defensor do código aberto, o Linux vence o Windows e se tornará uma camada de emulação no kernel Linux.
O argumento de Raymond, postado em seu blog no final da semana passada, começou com uma admiração pelo Windows Subsystem For Linux, a tecnologia que permite que os binários do Linux sejam executados no Windows. Ele observou que a Microsoft está fazendo contribuições ao kernel apenas para melhorar o WSL.
Raymond também é um admirador do software chamado “Proton“, uma camada de emulação que permite que os jogos do Windows distribuídos pelo Steam rodem no Linux. Ele avaliou o Proton como “ainda não perfeito, mas está chegando perto”.
Seu próximo item de nota foi o lançamento iminente da Microsoft de seu navegador Edge para Linux.
Linux vence o Windows que se tornará camada de emulação no kernel Linux, prevê defensor do código aberto
Esse conjunto de itens vai bater de frente com outros dois fatores. Primeiro, o fato de que o Azure é agorao principal produto da Microsoft. Ao mesmo tempo, há uma queda no mercado de PCs. Assim, para ele, isso significa que com o tempo a Microsoft estará menos inclinada a investir no Windows 10.
Do ponto de vista da maximização do lucro, isso significa que o desenvolvimento contínuo do Windows é algo que a Microsoft prefere não fazer”, escreveu ele. Em vez disso, eles fariam melhor em colocar mais investimento de capital no Azure – que, segundo rumores, está executando mais instâncias do Linux do que do Windows atualmente.
Em seguida, Raymond imaginou que era um estrategista da Microsoft que buscava o máximo de lucros futuros e chegou à seguinte conclusão:
Windows seria uma camada de emulação como o Proton
O Microsoft Windows se torna uma camada de emulação semelhante ao Proton sobre um kernel Linux, ficando mais fina com o tempo, conforme mais suporte chega às fontes do kernel principal. O motivo econômico é que a Microsoft elimina uma fração cada vez maior de seus custos de desenvolvimento. Assim, há menos trabalho internamente.
Se você acha que isso é fantasia, pense novamente. A melhor evidência de que esse é o plano é que a Microsoft já portou o Edge para rodar no Linux. O Edge Linux seria um teste para liberar o resto do pacote de utilitários do Windows da dependência de qualquer camada de emulação.
Com o tempo, calculou Raymond, a emulação do Windows só estaria presente para lidar com “jogos e outros softwares de terceiros”. E, eventualmente, a Microsoft ficará tão focada no Azure, e tão desinteressada em gastar dinheiro no Windows, que abandonará até mesmo a camada de emulação do Windows.
Os fornecedores de software de terceiros param de distribuir binários do Windows em favor dos binários ELF com uma API Linux pura … e o Linux finalmente vence a guerra do desktop, não substituindo o Windows, mas cooptando-o.
Só falta combinar tudo isso com o pessoal da Microsoft.