Meta proíbe ChatGPT e Copilot no WhatsApp

A Meta anuncia mudanças radicais no WhatsApp, restringindo o uso de IAs externas como ChatGPT e Copilot.

Escrito por
Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

A partir de 15 de janeiro de 2026, a WhatsApp deixará de permitir chatbots de inteligência artificial de terceiros, como ChatGPT (da OpenAI), Copilot (da Microsoft) e outros similares, em sua plataforma. Essa decisão da Meta representa uma mudança significativa no uso de IA dentro do mensageiro, reforçando o controle da Meta sobre quais assistentes podem operar no WhatsApp. Este artigo analisa o impacto dessa proibição, as empresas afetadas, o que muda para usuários e empresas, e o que esperar dessa nova era.

Introdução

A partir de 2026, a forma como você interage com a IA no WhatsApp mudará drasticamente. Meta anunciou que vai proibir o uso de chatbots de terceiros no WhatsApp, estabelecendo como data de vigência 15 de janeiro de 2026. Essa medida atingirá diretamente ferramentas amplamente usadas, como ChatGPT e Copilot, e mudará o panorama de assistentes de IA dentro do aplicativo.

O objetivo deste texto é explicar os detalhes da decisão, listar as empresas afetadas, e analisar o que isso significa para usuários comuns, empresas que usam chatbots via WhatsApp e o mercado de IA de um modo geral. A importância dessa proibição vai além do simples bloqueio de um serviço: ela sinaliza uma estratégia da Meta de centralizar a tecnologia de IA em seu próprio ecossistema, com implicações para concorrência, privacidade e inovação.

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O que muda e a data de corte

Em outubro de 2025, a Meta atualizou os termos da WhatsApp Business API para banir “chatbots de IA de uso geral” de provedores externos. A nova regra proíbe o uso da API por empresas cujo produto principal seja um assistente de IA, definindo que a proibição atinge “modelos de linguagem de larga escala, plataformas generativas de IA, assistentes de IA de uso geral ou tecnologias similares” como avaliadas pela Meta.

A data oficial em que a proibição entra em vigor é 15 de janeiro de 2026. Isso significa que até lá os chatbots atuais continuarão funcionando, mas após essa data deixarão de operar via WhatsApp.

Exceção para o WhatsApp Business

Vale destacar que a proibição se aplica especificamente a assistentes de IA de uso geral. Bots usados por empresas para atendimento ao cliente, suporte ou automação de serviço, em que a IA é uma ferramenta auxiliar, não o produto principal, seguem permitidos. Ou seja, um restaurante ou loja que use um bot para responder a pedidos ou dúvidas de clientes ainda poderá operar sem problemas. Na prática, a regra mira chatbots cujo foco é oferecer IA conversacional ao usuário final, não aquele usado apenas como backend de atendimento.

A saída da OpenAI e da Microsoft

Entre os primeiros afetados, a OpenAI confirmou que o ChatGPT deixará de funcionar no WhatsApp a partir da data-limite. Poucas semanas depois, a Microsoft anunciou que o Copilot também será removido da plataforma a partir de 15 de janeiro de 2026. Com isso, ambas as IAs populares que operavam no mensageiro serão descontinuadas oficialmente no canal do WhatsApp.

Impacto para os usuários: migração de histórico e alternativas

Para quem utiliza o ChatGPT via WhatsApp, há uma possibilidade de salvaguardar o histórico de conversas: a OpenAI informou que usuários poderão vincular suas contas para migrar conversas para o aplicativo ou plataforma oficial do ChatGPT. Já os usuários do Copilot não terão essa opção: a Microsoft sinalizou que as conversas via WhatsApp são “unauthenticated” e, portanto, não poderão ser transferidas para suas plataformas web ou mobile.

Para desenvolvedores e entusiastas de IA, a medida exige ação antecipada: migrar históricos importantes antes da data-limite, planejar uso fora do WhatsApp ou migrar para outras plataformas que continuem aceitando chatbots. Para empresas que usam IA para atendimento, a mudança provavelmente será menos sentida, desde que os bots sejam configurados como suporte e não como assistente genérico de IA.

Implicações estratégicas da Meta no mercado de IA

A proibição revela uma estratégia clara da Meta de centralizar a experiência de IA no seu próprio ecossistema. Com a saída de concorrentes como OpenAI e Microsoft do WhatsApp, a empresa garante que o seu próprio assistente, Meta AI, seja o único disponível para usuários do mensageiro.

Essa decisão tem várias consequências estratégicas: primeiro, reduz a concorrência dentro de um dos maiores canais de comunicação do mundo, condicionando o uso de IA via WhatsApp a uma única plataforma. Segundo, a Meta potencialmente amplia seu controle sobre dados de conversas com IA, o que pode significar maior vantagem competitiva para treinar seus modelos ou monetizar por meio de anúncios.

Para o mercado de IA mais amplo, isso pode dificultar a entrada de novos players que dependiam da integração com WhatsApp para alcançar massa crítica de usuários. Alternativas podem surgir em outros mensageiros ou apps independentes, mas a barreira de atratividade é maior. A longo prazo, a estratégia da Meta pode frear a diversificação de assistentes de IA em apps de mensagem, um ambiente onde hoje há forte competição.

Conclusão

A decisão da Meta de proibir chatbots de terceiros no WhatsApp representa uma reviravolta significativa no ecossistema de IA aplicado a mensageiros. A partir de 15 de janeiro de 2026, ChatGPT, Copilot, Perplexity e similares deixarão de funcionar no WhatsApp, restando apenas o Meta AI como opção oficial. Isso afeta tanto usuários finais quanto empresas e desenvolvedores, que precisam antecipar a transição, migrar histórico ou buscar alternativas.

É essencial que você revise como está usando chatbots de terceiros no WhatsApp, exporte conversas importantes e avalie se vai migrar para outro canal ou continuar com a IA da Meta. Para empresas, vale reavaliar estratégias de atendimento e automação para garantir conformidade com a nova política. Essa mudança também sinaliza uma tendência maior: o controle centralizado de IA por plataformas dominantes, o que pode influenciar a concorrência e a inovação em todo o mercado de assistentes inteligentes.

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