O ano de 2020 tem sido um dos mais difíceis de todos os tempos, pelo menos nos últimos 100 anos. A pandemia de Covid-19 não trouxe consigo apenas o coronavírus. Além desse vírus terrível, temos enfrentado ataques cibernéticos constantes. Isso fez com que as empresas, em todo o mundo, acelerassem seus planos para suas respectivas áreas digitais, como mostra uma pesquisa da consultoria PwC. Essa pesquisa comprova que cibersegurança virou preocupação urgente das empresas.
A preocupação reflete o aumento na ocorrência de casos e ameaças. É o que diz uma das principais organizações de prevenção e combate na área, a brasileira Apura Cybersecurity Intelligence.
Pesquisa comprova que cibersegurança virou preocupação urgente das empresas
A pesquisa da PwC ouviu 3.249 executivos de negócios e tecnologia de 44 países. Entre os consultados, 109 deles são executivos de diferentes empresas no Brasil. De acordo com o levantamento, a quase totalidade – 96% dos executivos – afirmou que as estratégias de cibersegurança serão ajustadas, por causa das ocorrências durante a pandemia de Covid-19. Além disso, 50% dos diretores declararam estar mais propensos a considerar a segurança cibernética em todas as decisões de negócios – um aumento de 25% em relação à pesquisa feita no ano passado.
“Esses dados retratam o que já estávamos constatando no cotidiano de nosso trabalho. A preocupação com segurança cibernética tem se intensificado, já há alguns anos. O cenário de pandemia expôs a emergência do problema e fez aumentar ainda mais a preocupação, e, também, a busca por prevenção, por parte das empresas”, avalia o consultor Sandro Süffert, fundador e CEO da Apura, com larga experiência, tanto no setor público como na iniciativa privada.
ORÇAMENTO
A pesquisa aponta que, especificamente entre os executivos de tecnologia e segurança consultados, mais da metade (55%) planeja ampliar o orçamento de suas organizações voltado à segurança cibernética. Manter equipe dedicada integralmente ao assunto é a intenção de 51% dos executivos.
Isso ocorre mesmo com queda no faturamento por causa da pandemia. Nada menos que 64% dos executivos apontaram a redução de faturamento no cenário. Para Sandro Süffert, este é outro dado que demonstra como as organizações estão de fato priorizando a cibersegurança.
A pesquisa indica, ainda, que haverá o preenchimento de 3,5 milhões de vagas de empregos no setor de segurança cibernética em 2021 em todo o mundo. Entre os requisitos para a contratação, os executivos citam:
- as habilidades analíticas (47%);
- habilidades de comunicação (43%);
- pensamento crítico (42%);
- e criatividade (42%)”, diz o texto.
AMEAÇAS FREQUENTES
No início de novembro, a Apura Cybersecurity Intelligence divulgou balanço com dados registrados desde janeiro. Assim, foram nada menos que 770 mil fraudes com identificação da ferramenta Boitatá. Ela é da Apura e referência em cibersegurança na América Latina.
De um modo geral, as maiores ameaças cibernéticas são de malwares” (softwares maliciosos): 54% dos casos. “Em seguida, vêm as ocorrências referentes a ataques de phishing [captador de dados], com 41% do total. Ocorrências referentes a ataques de Negação de Serviço (DDoS) representam 4% das informações”. É o que contabiliza o diretor de Operações da Apura, Maurício Paranhos.