Review do Windowsfx 10.3, distribuição Linux muito parecida com o Windows 10!

A empresa Linuxfx Software do Brasil anunciou o desenvolvimento da versão 10.3 de sua distribuição Linux para desktops, nomeada de Windowsfx. Trata-se de uma distribuição que tem como foco ser parecida com o Windows. A primeira versão da distribuição foi criada em janeiro de 2007 por Rafael Rachid. Mas neste artigo confira o review do Windowsfx 10.3.

Trata-se de uma remasterização do Ubuntu 20.04 LTS com o ambiente gráfico Cinnamon. Há uma versão de 32 bits para as placas Raspberry Pi 2, 3 e 4, e claro uma versão de 64 bits para computadores. Os requisitos mínimos para a versão disponível para computadores é um processador dual core e 2 gb de memória RAM. Este artigo foi baseado na versão para a plataforma PC.

O site oficial é o www.linuxfx.org e há poucas informações sobre a distribuição Windowsfx, o site é focado em softwares para monitoramento. O suporte é feito por um grupo no Telegram, sendo que não encontrei fórum, manual ou mesmo uma wiki. Sobre a distribuição, o site apresenta apenas um texto que transcrevo abaixo e depois comentarei:

Desenvolvido para aproveitar toda sua experiência com o Microsoft Windows, o sistema operacional Windowsfx é produzido sobre o sistema operacional Linux, herdando apenas os melhores recursos do Microsoft Windows original. Dito isso, sabe-se que o Windowsfx é extremamente seguro, imune aos vírus de computador, também não sofre com falhas de sistema, atualizações de segurança e outros problemas legados do Microsoft Windows. O Windowsfx também mantem compatibilidade com os aplicativos originais do Microsoft Windows, de maneira nativa e transparente. O Windowsfx não precisa de um hardware muito avançado. Um pc dual core um no mínimo 2GB de ram já deve ser o suficiente para rodar o sistema de uma maneira satisfatória. Agora você pode dar uma sobre vida aquele hardware mais antigo que estava desativado! – Diz nota no site da empresa.

Começando o review do Windowsfx 10.3

Opino que este fragmento de texto está enganando o leitor! Pois a distribuição é apenas parecida com o Microsoft Windows 10, sem herdar seus recursos. É Linux, uma remasterização do Ubuntu 20.04 LTS e portanto herda os recursos do Ubuntu. Seria necessário ter acesso ao código fonte do sistema operacional da Microsoft para construir um novo software que herde os recursos do mesmo. Este review foi dividido em 6 páginas por ser muito longo, no entanto completo, para prosseguir a leitura clique no botão avançar ao final de cada página.

Outro engano é a ideia de segurança que tenta-se vender, pois existem problemas de segurança, vírus e falhas de software no Linux também, visto que o sistema não é perfeito mas está sob constante melhoria. Apesar de ser mais seguro, o Linux não é perfeito. O texto leva a crer que o usuário poderá executar todos os programas que usa no Windows, mas a verdade é que o Wine está por trás da compatibilidade e ele não é perfeito, muito pelo contrário, é um quebra-galho para alguns softwares apenas. 

Acredito que é uma enorme falha prometer que o usuário terá acesso a todos os recursos do Windows e executar todos os aplicativos do mesmo, bem como prometer que não haverão problemas de segurança e de software, o usuário pode se decepcionar por não ver suas expectativas cumpridas. O melhor seria dizer a verdade, por isso resolvi escrever teste review do Windowsfx 10.3 para que o usuário realmente saiba o que está “comprando”.

Continuando o nosso review do Windowsfx 10.3, outro questionamento a ser feito é a legalidade de incluir uma marca registrada de outra empresa, o Windows, no nome de um produto de outra empresa. Observei, através do WebArchive, que em 17 de junho de 2020, o site www.linuxfx.org redirecionava para www.windowsfx.org, mas atualmente é o último endereço que redireciona para o primeiro. Também, encontramos diferenças substanciais entre os sites, enquanto no www.linuxfx.org o foco parece ser softwares de monitoramento e segurança, no www.windowsfx.org o foco é a distribuição. Você pode conferir em:

https://web.archive.org/web/20200617185226/https://www.windowsfx.org/

Quando comecei a escrever este artigo, em 27 de junho de 2020, o site www.linuxfx.org mencionava a distribuição como Windowsfx, mas acessando em 30 de junho de 2020 a distribuição foi renomeada para  LINUXFX 10.3 WX DESKTOP. Creio que isso tenha sido feito assim para evitar processos legais por direitos autorais. No mundo Linux não é novidade que uma empresa tenha burlado marca registrada da Microsoft, já temos o caso do Linspire que anteriormente se chamava Lindows e teve problemas jurídicos.

Bem, mas vamos ver o que há dentro desta distribuição que busca se parecer com o sistema operacional da Microsoft, vamos adentrar às entranhas da distro e revelar os seus segredos. Neste artigo analisarei a versão disponível para computadores x86_64.

A experiência

Fui ao site www.linuxfx.org e baixei a versão 10.03 Windowsfx, e experimentei-o em uma máquina virtual x86. A tela de inicialização já demonstra que o objetivo é ser o mais próximo possível da aparência do Windows 10. Afinal de contas com base na minha experiência que estou fazendo este review do Windowsfx 10.3.

Carregado o sistema operacional, é exibida uma animação cujo objetivo é apresentar o Helloa, um assistente virtual que será abordado a frente. Através da animação, fui levado a compreender que o objetivo do Helloa seria centralizar todas as funcionalidades nele, assim como a Cortana do Windows. Será que o Linux terá um concorrente para a Cortana e ele será brasileiro?

A apresentação chama a atenção, parece que há algo incrível a ser presenciado. Estamos em um ambiente de desktop Cinnamon personalizado com temas de ícones, de aplicativos e do ambiente que simulam o Windows. Um leigo realmente pode acreditar que o sistema operacional é o Windows. 

Na barra de tarefas, ou painel como preferir, estão: o menu iniciar, um menu que é similar ao menu que aparece no Windows ao clicar com o botão direito do mouse sobre o Iniciar, uma barra de pesquisa do Google que demonstra os resultados no Google Chrome, o assistente Helloa (que será abordado à frente), o alternador de espaços de trabalho, ícones dos aplicativos favoritos e de janelas que estão abertas no momento, monitor de carga da CPU, ícone de previsão meteorológica, bandeja do sistema (observa-se o software Anydesk rodando), ícone de rede, controle de volume, calendário e botão de encerrar a sessão.

Peço que releve a mensagem de erro na captura da tela e também o alto consumo de CPU, pois este review do Windowsfx 10.3 foi realizado em uma máquina virtual dedicando um núcleo para a virtualização. Inclusive, a mensagem de erro me dá uma recomendação para abandonar a sessão e fazer login com uma nova sessão com renderização por software.

Continuando a apresentação do sistema, ao clicar na animação exibida após o carregamento é executado o diálogo para selecionar o idioma. Há suporte ao inglês e ao português, o idioma espanhol não é selecionável mas é citado, isso demonstra que há planos de suportar o idioma no futuro. Após selecionar o idioma, é oferecido um diálogo em que é possível escolher entre ajustar a resolução do monitor e instalar o sistema.


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