A Huawei parece ter dado o troco nos Estados Unidos e o Mate X dobrável da empresa é vendido sem componentes norte-americanos ou aplicativos Google. Além disso, apesar de estar à venda somente no continente asiático, o estoque se esgotou muito antes do previsto. A guerra comercial entre China e Estados Unidos começou há algum tempo e dá os primeiros frutos dessa desunião, com, aparentemente, a Huawei superando as sanções.
A gigante chinesa começou a vender, na sexta-feira, o primeiro smartphone dobrável sem aplicativos do Google ou qualquer processador fabricado nos EUA, após sanções impostas contra a empresa por Washington. O Mate X usa o sistema operacional EMUI 9, da própria Huawei, mas ele é baseado no Android da Google.
Ele vai concorrer com o novo Razr da Motorola, grande estrela atual do mundo dos celulares dobráveis. No entanto, a Huawei também tem grandes novidades. Isto apesar do longo atraso que o Mate X teve para ser colocado à venda na China e já está esgotado.
Mate X dobrável da Huawei é vendido sem componentes norte-americanos ou aplicativos Google
Como recapitulação, o dispositivo possui um chip Kirin 980, 8 GB de RAM, 512 GB de armazenamento e conectividade 5G, alimentado por uma bateria de 4.500 mAh e carregamento super rápido de 55 W. É um pouco decepcionante o dispositivo estar usando o Kirin 980 em vez do 990 mais recente por esse preço, mas ainda é um chip poderoso.
A tela dobrável cobre uma diagonal de 8 polegadas ou uma de 6,6 polegadas quando dobrada. Ao contrário do Galaxy Fold, o painel flexível é exposto quando o dispositivo é dobrado. Substituir uma tela quebrada custará ¥ 2.699, ou cerca de US $ 380. Não é um valor muito alto, contudo, também não é exatamente barato. Para comparação, o Galaxy fold da Samsung custa US $ 1.980, incluindo reparos de tela gratuitos no primeiro ano de uso do dispositivo e um reparo de US $ 150 a partir de então.
Espera-se que a Huawei reabasteça o estoque com mais vendas flash nos próximos dias e semanas. Porém, ainda não se sabe se ou quando o dispositivo sairá do mercado chinês.
Guerra comercial
Na semana passada, autoridades dos países conversaram sobre o fim da disputa. O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, afirmou que “há uma chance muito alta” de que cheguem a um acordo. Iniciado por Donald Trump em meados do ano passado, o conflito só cresceu desde então, desacelerando a economia global e atrapalhando o planejamento de empresas em todo o mundo.
Apesar dos últimos sinais positivos, a verdade é que muitas delas não apostam em uma solução para o conflito e buscam alternativas.
Veículos como o New York Times vêm mostrando que uma série de empresas corre para reduzir a dependência com relação à cadeia de suprimentos chinesas. Elas buscam, assim, outras rotas e fornecedores baseados em outros países, como o Vietnã.
Com informações de The Next Web