Estudos revelam que smartwatch, assim como outros smart wearables, que medem continuamente as estatísticas vitais dos usuários, como frequência cardíaca, temperatura da pele e outros indicadores fisiológicos, podem fornecer informações suficientes para detecção de uma possível infecção de COVID-19 alguns dias antes de um indivíduo ser diagnosticado com o vírus, após fazer um teste.
Smartwatches e o diagnóstico de COVID-19
Além do Apple Watch, por exemplo, smartwatches de outras marcas de fabricantes de wearables inteligentes, podem contribuir para detecção de infecção por COVID-19, mesmo antes que os sintomas conhecidos sejam sentidos, momento em que eles se tornaram sintomático e os testes podem detectar a presença do vírus.
Essas informações foram reveladas após estudos de várias instituições acadêmicas e médicas importantes, incluindo o Mount Sinai Health System e a Stanford University, ambas nos Estados Unidos.
Pesquisas do Mount Sinai Health System
Os pesquisadores do Mount Sinai Health System descobriram que o Apple Watch, por exemplo, pode detectar mudanças sutis no batimento cardíaco de uma pessoa, o que pode fornecer evidências e um sinal de que a pessoa pode ter contraído o coronavírus.
Além disso, essa alteração pode ser observada até uma semana antes de a pessoa sentir-se doente ou a infecção ser detectada após a realização de um teste. O que, em termos de prevenção do contágio, é um dado bem importante.
Nos dados coletados, observou-se que as pessoas que tinham COVID-19 apresentavam menor variabilidade da frequência cardíaca, enquanto as pessoas COVID-negativas exibiam maior variabilidade no tempo entre os batimentos cardíacos.
O estudo envolveu cerca de 300 profissionais de saúde na instalação médica do Monte Sinai que usaram Apple Watches por 153 dias de abril a setembro de 2020. A
Apple não fez parte do estudo Mount Sinai, mas está ciente do potencial de seus smartwatches.
Os dados gerados pelos smartwatches podem ser muito úteis no combate à pandemia, pois estima-se que mais de 50% dos casos de coronavírus são disseminados por pessoas assintomáticas, que desconhecem que são portadores, de acordo com um relatório dos Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças.
Pesquisas da Universidade de Stanford
O estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford, no qual os participantes usaram uma variedade de rastreadores de atividades diferentes da Garmin, Fitbit, Apple e outros, descobriu que cerca de 81% dos participantes positivos para COVID-19 experimentaram um aumento elevado em seu repouso batimentos cardíacos de até nove dias inteiros antes do início dos sintomas, o que, segundo o estudo, indicava o início dos sintomas.
Os pesquisadores de Stanford conseguiram identificar corretamente até 66% dos casos COVID-19, quatro a sete dias antes dos participantes apresentarem sintomas. Além disso, o estudo examinou dados de 32 pessoas com teste positivo para covid-19 entre mais de 5.000 participantes.
Talvez um sistema de alerta possa ser criado nos dispositivos. Os fabricantes desses wearables inteligentes estão analisando como a tecnologia poderia ser usada para combater o vírus e começaram a financiar pesquisas nessa direção.ambém