Já divulgamos a chegada do novo ambiente de trabalho GNOME 3.38 que ocorreu nesta quarta-feira (16/09). No entanto, tão logo isso aconteceu, já existe um novo esquema de versão em desenvolvimento. Estamos falando, é claro, do próximo GNOME 40.0. É isso mesmo, você leu certo. Não se trata do GNOME 4.0, mas sim do novo esquema de versão do GNOME que está sendo chamado GNOME 40.0. Portanto, os lançamentos pontuais estáveis continuarão como GNOME 40.1, 40.2, 40.3 e assim por diante.
O novo e surpreendente GNOME 40 promete ser um grande lançamento. A previsão é de que ele chegue somente em março de 2021. Sendo assim, mantém-se o ritmo de uma nova versão estável a cada seis meses. Para você entender melhor, daqui a um ano, mais ou menos, a versão GNOME 41 deve estar saindo quentinha do forno.
Lembrando que nesse período de seis meses há versões intermediárias: Alpha, Beta e RC (Release Candidate) para somente então termos a versão estável. Perceba que entre uma e outra has versões intermediárias também terão novo número: 40.1, 40.2, 40.3. O mesmo vale para a série 41: 41.1, 41.2, 41.3 etc. Como parte do ciclo de desenvolvimento, os pré-lançamentos serão GNOME 40.Alpha, GNOME 40.Beta e GNOME 40.RC. Isso representa muito menos lançamentos de desenvolvimento do que atualmente existem do GNOME.
Vem aí o GNOME 40. No entanto, por que mudou?
Os desenvolvedores decidiram mudar o esquema de controle de versão devido à versão secundária do GNOME 3.xx “ficar difícil de controlar”. Então, não ir para o GNOME 4.0 evita confusão com o lançamento iminente do GTK 4.0. Entretanto, há outras razões.
O desenvolvedor Emmanuele Bassi explica que a série GNOME 3.x está no mercado há quase 10 anos e é hora de mudar. Ok, mas por que 40 e não 4.0? Segundo ele, chamar a próxima versão do GNOME de“ 4.0 ”teria implicações infelizes/não intencionais sobre a plataforma, especialmente de uma perspectiva de engajamento e marketing.”
Além disso, parece que o número 40 tem a ver com o GNOME 3.38 sendo o 40º lançamento do ambiente de desktop Linux. No entanto, Emmanuele Bassi diz que se você contar as versões do GNOME a partir do 0 (zero), a próxima seria a 40ª versão.
No que diz respeito ao ciclo de desenvolvimento, realmente faz sentido ter apenas marcos Alpha, Beta e RC disponíveis para teste público, pois isso facilita a vida dos desenvolvedores envolvidos na criação de um dos melhores ambientes de desktop Linux que existem. Menos marcos de desenvolvimento, mais tempo para trabalhar no que realmente importa.
Os interessados em mais detalhes sobre essa mudança de versão podem acessar o link do Discourse do GNOME.