A liderança da IBM pôde ver, muito antes que outras grandes empresas percebessem, que o Linux era o futuro dos sistemas operacionais e o queridinho do software de código aberto.
Portanto, em fevereiro de 1999, a IBM anunciou que trabalharia com a Red Hat para oferecer suporte ao Linux. Em maio de 2000, o Linux deixou de ser um experimento em mainframes para se tornar uma opção com suporte total. E em 2001, a IBM anunciou que estava gastando um bilhão de dólares naquele ano no Linux. Bill Zeitler, vice-presidente sênior da IBM, explicou:
Recuperamos a maior parte no primeiro ano em vendas de software e sistemas.
20 anos de Linux em mainframes da IBM!
Dan Frye, membro da equipe original de estratégia Linux da IBM, lembrou:
Nossa equipe de estratégia inicial incluía especialistas do servidor IBM x86 baseado em Intel, software IBM e empresas de serviços técnicos. O IBM s/390 (o precursor dos mainframes IBM Z) não foi incluído porque a TI corporativa existia em um universo diferente.
Portanto, enquanto a IBM decidiu colocar seu dinheiro no Linux, o mundo do mainframe manteve seu caminho proprietário.
Mas, ao mesmo tempo, alguns programadores da empresa na Alemanha começaram a portar o Linux para o mainframe “apenas por diversão”. Eles levaram apenas um fim de semana para colocar o Linux básico em execução.
Assim, a IBM decidiu mergulhar no Linux e lançou quatro distros Linux (Caldera, Red Hat, SUSE e Turbolinux) no S/390 em maio de 2000.
Irving Wladawsky-Berger, então vice-presidente de tecnohttps://sempreupdate.com.br/ibm-desenvolve-computador-quantico-de-1000-qubit/logia e estratégia da IBM, explicou aos acionistas céticos:
Se o Linux fosse apenas mais um sistema operacional, não estaríamos tão entusiasmados com ele. Mas é isso que é tão interessante. Linux é um sistema operacional, mas também é radicalmente diferente de tudo o que veio antes dele. Ele muda a forma como o software é criado e entregue.
A IBM acabaria adquirindo a Red Hat no final de 2018. Hoje, os dois trabalham lado a lado não apenas no Linux, mas na nuvem híbrida. Portanto, longe de morrer, o Linux deu uma nova vida ao mainframe.
Fonte: ZDNET