Quatro cidadãos dos Estados Unidos entraram com uma ação coletiva contra o Google por usar seus dados de celular para transferências de informações passivas, alegando que o Google consumiu dados de celular caros sem permissão do usuário.
Eles também acusam o Google de projetar deliberadamente seus aplicativos para usar dados de celular sem que o usuário seja capaz de optar por desativá-los.
Google processado por uso de dados de celular sem permissão
A empresa tem enfrentado críticas por promover seus próprios aplicativos usando o sistema Android. Isso acontece tanto que literalmente nenhuma empresa está usando o sistema operacional Android sem os serviços móveis do Google. Embora a privacidade seja uma questão muito debatida no mundo Android, as transferências de informações passivas geralmente passam despercebidas.
Uma das principais alegações feitas pela reclamação é que nenhuma das políticas da empresa informa ao usuário que seus dados de celular serão usados em segundo plano.
O advogado testou as alegações em um novo smartphone Samsung Galaxy S7, que gravou a transmissão de dados passiva 389 vezes em 24 horas. Todos esses dados foram transmitidos entre o Google e o telefone, consumindo 8,8 MB/dia.
Ele diz que a troca consistia principalmente de arquivos de LOG que são gerados automaticamente e contêm informações de segundo plano como aplicativos abertos, redes disponíveis e métricas do sistema. De acordo com a denúncia, o Android opta por usar dados de celular caros, que custam US$ 8/GB (nos EUA) para a transferência.
A reclamação também menciona um estudo de coleta de dados do Google em 2018. O estudo descobriu que o Android e o Chrome transmitiam dados ao Google mesmo na ausência de qualquer interação do usuário. O estudo também mostrou que a maioria das trocas de dados estava relacionada ao Double Click, AdWords (agora Google Ads) e Google Analytics. Resumindo, o Google pega seus dados sem sua permissão e ganha dinheiro com isso.
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