Pressão antitruste

Google pode perder o Chrome em meio a novas exigências antitruste

O Departamento de Justiça dos EUA continua pressionando o Google para vender o Chrome, alegando monopólio ilegal nas buscas online. A decisão final será tomada em abril e pode impactar a forma como milhões acessam a internet.

Logotipo 3D do Google em cores vibrantes sobre uma superfície reflexiva, com fundo preto.

O Google continua sob intensa vigilância do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), que insiste na venda do navegador Chrome como medida para conter seu domínio nas buscas online. A disputa judicial, que já dura meses, pode levar a mudanças significativas no funcionamento do mercado digital.

DOJ reforça pressão para venda do Chrome

O avanço do caso antitruste

O embate jurídico começou quando um tribunal determinou que o Google mantinha ilegalmente um monopólio sobre as pesquisas na internet. Em novembro de 2024, o DOJ apresentou a proposta de alienação do Chrome para reduzir o controle da empresa sobre o acesso à web. Agora, o órgão reforça suas exigências, alegando que a venda do navegador permitiria maior competitividade no setor.

Logotipo do Google com efeito abstrato e ondulado, exibindo cores distorcidas e fluídas em fundo preto.

Além disso, o DOJ quer impedir que o Google continue pagando empresas como Apple, fabricantes de smartphones e a Mozilla para manter seu mecanismo de busca como padrão em navegadores e dispositivos. Essa prática, segundo o órgão, contribui para o monopólio do Google sobre as pesquisas online.

Mudanças nas exigências do governo

Curiosamente, o DOJ retirou sua proposta anterior de forçar o Google a vender participações em startups de inteligência artificial. Isso aconteceu após a Anthropic, uma empresa de IA apoiada pelo Google, afirmar que depende do financiamento da gigante para se manter operando.

O caso ganhou relevância política, já que tanto democratas quanto republicanos apoiam a regulação mais rígida sobre o Google. O DOJ descreveu o domínio da empresa como prejudicial à concorrência e afirmou que os consumidores acabam sem alternativas viáveis para escolherem seus mecanismos de busca preferidos.

A resposta do Google

O Google, por sua vez, contesta as acusações e considera as exigências do DOJ exageradas. A empresa defende que seus acordos com Apple e Mozilla garantem maior acessibilidade ao seu buscador e que a venda do Chrome não resolveria as questões apontadas pelo governo.

Em uma proposta alternativa, o Google sugeriu que pudesse continuar firmando acordos, mas com a possibilidade de outros mecanismos de busca se tornarem padrões em determinados períodos. Assim, empresas como Apple e Mozilla poderiam revezar entre Google Search e outras plataformas concorrentes a cada 12 meses.

O que esperar da decisão final

O juiz Amit P. Mehta analisará os argumentos do Google e do DOJ em abril para decidir sobre as medidas a serem tomadas. Se o governo vencer a disputa, isso pode levar a uma reestruturação profunda na forma como o Google opera, impactando milhões de usuários e o futuro da navegação na internet.