A Microsoft tem realizado um grande esforço para caminhar rumo ao open source. Porém, a confiabilidade da empresa ainda deixa a desejar. Pelo menos é o que aponta um estudo que analisou os dados do usuário coletados pelos navegadores da Web. Assim, no ranking de navegadores que menos respeitam a privacidade está o Microsoft Edge ao lado do navegador Yandex. Ambos obtiveram a menor classificação de privacidade. Já o Google Chrome, Mozilla Firefox e Apple Safari chegaram ao meio, o Brave Browser foi classificado como o mais confiável.
Microsoft Edge é o navegador que menos respeita a privacidade
Doug Leith, um cientista da computação do Trinity College Dublin, observou como os navegadores enviavam dados para os servidores back-end. Ele examinou os identificadores exclusivos, bem como informações relacionadas a URLs digitados, que podem ser usados para rastrear usuários.
O Microsoft Edge e o Yandex enviaram identificadores vinculados ao hardware do dispositivo. Os identificadores exclusivos, que podem ser usados para vincular aplicativos no dispositivo, permaneceram os mesmos, apesar da reinstalação dos navegadores. O Edge envia as informações sobre o dispositivo para um servidor Microsoft localizado em self.events.data.microsoft.com.
Rastreio de endereços ip
Navegadores que enviam dados de volta para os servidores não são prejudiciais; de fato, é uma prática comum. No entanto, torna-se perigoso quando as mesmas informações podem ser usadas para impedir o anonimato de um usuário. Nesse caso, os identificadores exclusivos podem ser usados para rastrear endereços IP ao longo do tempo.
Outro grande problema com o Edge é a funcionalidade de preenchimento automático de pesquisa “que compartilha detalhes das páginas visitadas, ambas transmitem informações de páginas da Web para servidores que parecem não relacionados à pesquisa de preenchimento automático”. Leith afirma que não se pode desativar esse comportamento do Microsft Edge. No entanto, esse recurso específico pode ser desativado.
Um representante da Microsoft disse à Ars Technica que o Edge coleta dados de diagnóstico para melhorar o produto com o conteúdo do usuário. Essa coleta de dados pode ser desativada nas configurações do navegador.
O estudo descobriu que o recurso de preenchimento automático que pode transmitir dados para servidores de back-end estava ativado por padrão em todos os navegadores estudados, exceto no Brave. Entretanto, todos eles permitiram que os usuários o desativassem.
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