Duas falhas de software quase fizeram a Boeing perder a espaçonave Starliner

Equipe independente encontra uma longa lista de problemas no lançamento da Boeing Starliner

Neste ano, a Boeing e a SpaceX estão trabalhando em suas novas espaçonaves para lançamentos tripulados, mas houve contratempos para as duas empresas. Embora a SpaceX pareça ter superado seus problemas desde o ano passado, a Boeing ainda está lidando com o fracassado voo de teste de dezembro. A NASA e a Boeing forneceram conjuntamente uma atualização sobre a investigação, que cita três erros no voo de teste do CST-100 Starliner. Duas falhas de software são graves o suficiente para causar a perda da cápsula Starliner sem a intervenção da equipe em terra.

Duas falhas de software na Starliner

Em dezembro, a Boeing deveria mostrar a todos que a Starliner era capaz de sobreviver ao lançamento e navegar autonomamente para a Estação Espacial Internacional (ISS). No entanto, erros de software não especificados fizeram a Starliner entrar na órbita errada e perder o encontro com a ISS. Na época, a Boeing alegou que o incidente tinha uma conexão com o cronômetro da missão que deveria controlar a queima orbital. No entanto, a história completa é um pouco mais sutil.

O tempo decorrido da missão (MET) foi uma das três questões citadas no relatório. A sonda pensou que estava em uma parte posterior da missão, fazendo com que ela disparasse os propulsores e desperdiçasse combustível. Além disso, agora sabemos que o controle de solo teve que intervir e impedir que o CST-100 continuasse a queimar combustível dessa maneira. A equipe não teve escolha a não ser redirecionar a espaçonave, para colocá-la em uma órbita estável.

Separadamente, houve um problema na sequência de descarte do módulo de serviço (SM) da Starliner. A equipe em terra teve que intervir e fazer alterações na propulsão para salvar a espaçonave (novamente).

Duas falhas de software quase fizeram a Boeing perder a espaçonave Starliner
A sonda CST-100 Starliner da Boeing passa pelo Prédio de Montagem de Veículos no Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida, em 21 de novembro de 2019. Foto: Reprodução | Extreme Tech.

Falhas nos processos da Boeing

A última questão ainda está sob investigação, por isso não podemos dizer quão grave é ou como contribuiu para o fracasso da missão em dezembro. A NASA relata que a Starliner sofreu falhas de comunicação intermitentes que impediram a capacidade do controle de solo de controlar a espaçonave. Porém, devemos ter mais informações sobre isso no futuro.

A atualização parece surpreendentemente sincera para um post de blog público. A NASA diz que os controles de qualidade da Boeing deveriam ter detectado as anormalidades do software em vários pontos, e os problemas com essa missão sugerem uma falha básica nos processos da Boeing. Não está claro como a NASA avançará, mas provavelmente não permitirá que a Boeing leve qualquer pessoa ao espaço até que a empresa possa explicar e corrigir satisfatoriamente esses problemas.

Fonte: Extreme Tech

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