O governo Trump emitiu um novo comunicado que estende o “período de carência” de 90 dias (agora até fevereiro de 2020) à Huawei. Assim, permite às empresas americanas negociar com a empresa chinesa Huawei Technologies. A mídia disse que, paralelamente, os reguladores dos EUA estão trabalhando no desenvolvimento de novas disposições regulamentares para empresas de telecomunicações que apresentam riscos à segurança nacional. Portanto, a Huawei terá mais 90 dias para continuar atividades após mais um adiamento feito pelo governo dos Estados Unidos.
Essa permissão deriva das medidas extremas e sem precedentes contra a Huawei que o governo dos Estados Unidos adotou em maio passado, colocando a empresa chinesa sob veto comercial. Essas medidas incluíram a gigante chinesa de telecomunicações em uma lista negra (como a empresa russa de segurança cibernética Kaspersky anteriormente). Então, isso força as empresas americanas a parar de fazer negócios com a Huawei, a menos que tenham autorização oficial prévia.
Essa decisão levou muitas empresas de tecnologia americanas (Microsoft, Intel, ARM, Google…) a encerrar seu relacionamento comercial com o segundo maior fabricante mundial de smartphones, o que representa quase um quarto do mercado da EMEA.
Posteriormente, o Departamento de Comércio dos EUA havia permitido temporariamente à Huawei continuar fazendo negócios com empresas americanas.
Estados Unidos dão mais 90 dias à Huawei para continuar atividades
O período inicial foi estabelecido em 90 dias. Portanto, este prazo acaba de ser prorrogado para que as empresas continuassem trabalhando com a Huawei. Assim, se pretende evitar que os usuários da marca fiquem sem o devido suporte.
Deve-se notar que, até agora, a Casa Branca deu a entender que apenas concederia à gigante chinesa um período adicional de duas semanas após o primeiro prazo.
Embora não tenha sido assim, mais uma vez, foi concedido à Huawei outro período de 90 dias para continuar com suas atividades.
A extensão da licença geral temporária permitirá que as operadoras continuem atendendo clientes em algumas das áreas mais remotas dos Estados Unidos que, de outra forma, seriam deixadas para trás, disse o secretário de comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross.
No entanto, especifica:
O Departamento continuará monitorando rigorosamente as exportações de tecnologias sensíveis para garantir que nossas inovações não sejam exploradas por aquelas que possam ameaçar nossa segurança nacional.
Licenças podem se tornar individualizadas
O Departamento de Comércio também está examinando a possibilidade de conceder licenças individuais para empresas americanas que desejam continuar negociando com entidades na lista negra como a Huawei. No entanto, essa possibilidade ainda depende dos Estados Unidos publicarem o plano de implementação exigido pelo Presidente Trump
Além desses anúncios, a Huawei disse que a extensão não terá nenhum impacto substancial nos negócios do grupo. Além disso, alfinetou a decisão ao declarar que ela “não altera o fato de que a Huawei continua sendo tratada injustamente”.
Por outro lado, de acordo com relatos da mídia, o faturamento da empresa chinesa aumentou 23% no primeiro semestre de 2019.
A empresa que já estaria conversando com várias operadoras de telecomunicações dos EUA. Sob a licença de sua tecnologia de rede 5G, argumenta que a decisão de incluí-la nessa famosa lista negra causou mais danos aos Estados Unidos do que a Huawei, o que inclui problemas econômicos significativos às empresas americanas com as quais os chineses fazem negócios.
No que diz respeito aos smartphones, por exemplo, a Huawei poderia ficar sem o equipamento dos EUA. Assim, a empresa continuaria a projetar dispositivos, contudo, sem o software dos EUA.
A empresa já entregou o Mate 30 Pro na Europa sem aplicativos tradicionais do Google, o que o torna um dos poucos smartphones Android no mercado entregues sem Google Maps, Gmail, YouTube e Play Store (que oferece 2,8 milhões de aplicativos Android).
A empresa ainda está tentando destacar diferentes alternativas para compensar: Huawei Mobile Services e HarmonyOS são exemplos perfeitos. No entanto, levará tempo para o grupo garantir que essas soluções sejam totalmente desenvolvidas e melhor conhecidas pelos consumidores.
Via Linux Adictos