Uma distribuição que deriva do openSUSE, o GeckoLinux chegou com uma nova função que facilita instalação do kernel 5.16, além de implementar o ambiente de desktop Cinnamon, originalmente desenvolvido pelo Linux Mint. A mistura parece ter ficado boa, pois recebe atualizações constantes. Tanto assim que é uma das primeiras a ter o kernel Linux 5.16 rodando por padrão. Além disso, o ambiente Cinnamon também é o mais recente e rolling.
A SUSE tem duas versões gratuitas do sistema: Tumbleweed e Leap. A diferença é que uma é mais estável e a outra Rolling Release. O sistema GeckoLinux faz o mesmo. A versão estática de Leap é chamada de “GeckoLinux Static”, e seu remix do Tumbleweed é chamado de “GeckoLinux Rolling”. Há outras coisas parecidas, porém diferentes nos dois sistemas. O openSUSE não inclui nenhum driver ou firmware proprietário, o que pode causar um mau funcionamento de itens como Wi-Fi ou com gráficos híbridos Intel/Nvidia. Nada muito diferente do Deepin ou do Ubuntu DDE, porexemplo.
Isso porque o GeckoLinux pega a distribuição principal e muda algumas coisas. Segundo eles, isso garante uma melhor experiência de desktop. Assim, o openSUSE tem uma imagem ISO de instalação única, que permite escolher qual desktop você quer. O GeckoLinux, no entanto, usa um modelo mais parecido com o Ubuntu. Cada imagem de disco é uma imagem Live, então você inicializa direto na área de trabalho, experimenta e só então instala se gostar. Isso significa que o GeckoLinux oferece várias imagens de disco diferentes, uma por desktop. Ele usa o programa de instalação Calamares.
GeckoLinux facilita instalação do kernel 5.16
Com o GeckoLinux, essas preocupações desaparecem porque ele substitui o Btrfs pelo antigo ext4. Além disso, há mudanças na aparência, como layouts de painel reorganizados, alguns temas de área de trabalho bem limpos e restritos e melhor renderização de fontes. Ao contrário do Mint, porém, o GeckoLinux não adiciona seu próprio software: o sistema operacional final instalado contém apenas componentes padrão dos repositórios de software do openSUSE, além de alguns do repositório Packman de terceiros. Neste caso, é lá que a maioria dos usuários do openSUSE obtém seus codecs multimídia.
Como sabemos, a versão Tumbleweed muda rapidamente e, embora receba muitos testes automatizados, às vezes as coisas quebram. Todas as distribuições de lançamento contínuo passam por isso. O Componente A depende de uma versão específica do Componente B, mas B acabou de ser atualizado e agora A não funcionará até receber uma atualização também, um ou dois dias depois.
É aqui que o uso de Btrfs pelo Tumbleweed pode ser útil. O Btrfs suporta snapshots copy-on-write, e o openSUSE inclui uma ferramenta chamada Snapper que facilita a reversão de alterações importantes. Esse é um recurso fundamental do MicroOS do SUSE. Isso também fará parte do Ubuntu com o ZFS.
GeckoLinux não usa Btrfs, então não tem snapshots, ou seja, quando as coisas quebram, você tem que solucionar problemas e consertá-los à moda antiga. Por conta disso, o melhor é usar o canal de lançamento GeckoLinux Static.
Para usuários do Ubuntu ou Fedora que desejam experimentar o openSUSE, o GeckoLinux oferece uma experiência de instalação um pouco mais familiar e direta.
Via The Register