Sistema operacional Fuchsia OS é lançado após 5 anos como provável substituto do Android e Chrome OS

Google prepara o Fuchsia OS para o Mesa 3D
fuchsia

Demorou, mas saiu. Após uma espera de aproximadamente 5 anos em desenvolvimento, o sistema operacional Fuchsia OS é lançado como provável substituto do Android e do Chrome OS. No entanto, por enquanto, ele roda apenas para Nest Hub. O sistema vem sendo falado pelo menos desde 2016, quando surgiram os primeiros rumores sobre sua existência e desenvolvimento por parte do Google. Desde essa época, o que se dizia era que o Fuchsia OS seria um novo ‘sistema operacional convergente’ do próprio Google para substituir, em algum momento, tanto o sistema operacional para smartphones Android, quanto o Chrome OS usado nos chromebooks. Logo depois, a informação era de que o novo sistema não usaria kernel Linux. Assim, seria algo totalmente novo.

Desde então, houve uma série de vazamentos de informações. Por exemplo, o novo sistema não se chamaria Fuchsia mas sim Andromeda. Nesta época também surgiram as primeiras imagens de sua interface. No ano seguinte, novos detalhes sobre seu microkernel e sobre os planos do Google para que o Fuchsia substitua o Android em cinco anos.

E por mais de dois anos não ouvimos absolutamente nada mais sobre o Fuchsia. Até dezembro passado, o Google anunciou a abertura do Fuchsia para desenvolvedores publicamente. E era claro que haveria notícias sobre isso muito em breve. Então, elas finalmente chegaram.

Fuchsia OS é lançado após 5 anos como provável substituto do Android e Chrome OS e estará disponível para download em algumas semanas

O Google acaba de confirmar oficialmente o lançamento do novo sistema operacional Fuchsia OS. No entanto, por enquanto, apenas para usuários de um dispositivo muito específico: os Nest Hubs de primeira geração. Então, o sistema chegará como se fosse uma atualização do Cast OS (o sistema operacional IoT de Google).

Dada a sensibilidade de realizar uma mudança de sistema operacional, durante a qual todos os tipos de incompatibilidades podem aparecer, este processo de atualização será gradual: começará em algumas semanas, com os usuários inscritos no programa de visualização, e durará vários meses. Portanto, após esse período, todos os Nest Hubs de primeira geração receberão a atualização.

Qual é o futuro da Fuchsia?

Os usuários do Nest Hub notarão uma grande mudança? Bem, embora se espere que os dispositivos ganhem fluidez de operação, à primeira vista as coisas pouco mudarão: como a interface de ambos os sistemas operacionaistem por base o Flutter, sua estética não sofrerá alterações. Na verdade, muitos usuários nunca perceberão que mudaram de sistema operacional.

O Google não divulgou quaisquer outros detalhes sobre o Fuchsia OS. A empresa não definiu uma data para uma possível substituição do Android e/ou Chrome em favor do novo sistema operacional. Além disso, nem se sabe ao certo se, de fato, isso irá ocorrer.

As ambições do Google para o Fuchsia OS ainda estão de pé? Recentemente, surgiram algumas pistas conflitantes a esse respeito. Em 2019, Hiroshi Lockheimer, vice-presidente sênior do Google responsável pelo desenvolvimento do Android e Chrome OS, disse o seguinte:

Não são só telefones e PCs: no mundo da Internet das coisas há um número crescente de dispositivos que requerem sistemas operacionais […] Acho que há muito espaço para vários sistemas operacionais com diferentes qualidades e especializações.

Existem duas maneiras de entender essas palavras: que o Fuchsia seria para dispositivos IoT, como alto-falantes e monitores inteligentes, fragmentando ainda mais (em vez de unificar) o catálogo de sistemas operacionais do Google. Por outro lado, também é possível que o Fuchsia seja uma nova arma para conquistar a hegemonia para além dos smartphones e computadores pessoais.

E é que, longe de estar limitado ao Nest Hub, os desenvolvedores do Fuchsia vêm debatendo há semanas sobre maneiras de implementar um tradutor de instruções em seu microkernel que permitiria a este sistema operacional rodar aplicativos Android e Linux.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile