Perícia Forense investiga e dificulta os crimes cibernéticos entre empresas e usuários

Emanuel Negromonte
Por Emanuel Negromonte

Descobrir que o sistema de uma empresa foi invadido por hackers é motivo de desespero, não é mesmo? E quando percebe que os dados de clientes foram roubados? Isso deixa qualquer equipe de cibersegurança de cabelos em pé. Segundo uma pesquisa do LastPass, solução de gerenciamento de identidade e cofre de senhas da LogMeIn, 40% das pessoas não sabem o que é Dark Web, e muito menos quando seus dados estão comprometidos. É neste momento que o Perito Forense Digital entra em cena. O profissional atua por trás dos computadores e tem como foco procurar tentativas de ataques nas redes de organizações e, com isto, analisar dados e identificar como eliminar um grupo criminoso.

Juliana Rohr, analista comercial, de 32 anos, não tinha dimensão dos problemas que um ciberataque poderia causar na em sua vida. Há um ano, ela foi vítima de Phishing, que nada mais é que um criminoso tentando “pescar” ilicitamente dados pessoais de uma pessoa. “Foram longos três dias para resolver o meu problema. O hacker se passou por uma empresa alimentícia e enviou várias mensagens para o meu número pessoal até eu ficar intrigada o suficiente para clicar no link”, explica.

Diante de tantos incidentes que instituições financeiras, seguradoras e marketplaces estão vivendo nos últimos meses, a melhor forma de se proteger é contratar um Perito Forense. Esse é o único profissional qualificado que saberá dar suporte para investigações cibernéticas, auxiliar a polícia na busca de fatos e provas, além de poder prestar serviços em auditoria e consultoria para que as empresas sigam as normas de segurança por meio da ISO 27037.

“Em tempos de pandemia, vi as tentativas de ataques cibernéticos aumentarem e a procura pelo serviço de perito forense quadruplicar. Os criminosos usam de toda artimanha possível para atingir seu objetivo: informações pessoais. Elas valem mais do que dinheiro nesse modelo de crime. As empresas precisam estar preparadas para que os hackers não consigam roubar os dados de clientes”, explica Marcelo Nagy, Perito Forense Digital e Professor da pós-graduação Perícia Forense Digital na Daryus Educação.

Com a Lei Geral de Proteção de Dados entrando em vigor, as empresas vão precisar de Peritos Forenses Digitais para dar reforço ao seu time de Segurança da Informação. Essa é a profissão do momento, segundo Nagy. “Esse é o mercado que mais cresce no mundo, mas, no momento enfrenta escassez de Peritos Forenses, temos poucos no Brasil. Essa é a profissão do futuro porque os criminosos não se arriscam mais a mão armada, hoje, a tendência é por trás dos computadores”, conta.

A Daryus Educação, há 15 anos no mercado, é pioneira na criação dos cursos de pós-graduação de Perícia Forense Digital, tendo a primeira turma formada em 2008, viu a demanda pela procura nesses cursos aumentarem. “Qualquer profissional com ensino superior pode se especializar e fazer parte à prevenção de ataques cibernéticos. Os Peritos Forenses credenciados e com boa base de portifólio pode ganhar até R$ 15 mil por mês. Já os concursados para exercer como policiais conseguem chegar em um salário de R$ 24 mil por mês”, conclui.

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