Um dos fatos marcantes nos últimos anos, especialmente em 2018, é a questão da Microsoft estar bem próxima do código aberto. Foram muitos passos nesta direção, como aquisição do Github, liberação de patentes e até a criação de uma versão paga do Linux. Antes de mais nada, é importante dizer que a Microsoft vem adotando o Linux e o código aberto há anos. Porém a Microsoft poderia lançar um desktop Linux?
Mais recentemente, a Microsoft fez algo ainda mais impensável para aqueles que ainda acreditam que a Microsoft está presa nos anos 90. A empresa abandonou o Edge, seu navegador web para Windows 10. O Edge terá como base o Chromium.
Então, seria impensável para a Microsoft executar sua própria distribuição Linux?
Considere o lançamento desastroso do Windows 10 no outono de 2018. Esta versão teve um problema após o outro. Alguns dos bugs ainda estão presentes. Pastas e redes inteiras sumiram. E não há qualquer previsão de que os problemas sejam resolvidos a curto prazo. Foram nada menos que quatro meses consecutivos corrigindo o zero-day do Windows. Assim, a garantia de qualidade do Microsoft Windows tem sido incerta.
O Linux, por outro lado, é considerado muito mais seguro, além de estável. Então, por que não dar uma chance ao Linux, que domina vários setores da computação?
É verdade que nenhum desktop Linux, com exceção do Chrome OS, causou uma boa impressão no mercado. Mas isso não é por causa da tecnologia. É porque, em sua encarnação anterior como O Império do Mal, a Microsoft impediu que os fornecedores de hardware oferecessem outros sistemas operacionais. Esses dias são passado e a Microsoft mostrou-se mais do que disposta a receber o Linux e o software de código aberto.
Por que fazer isso?
Além disso, há vários anos, os desenvolvedores da WSL da Microsoft vêm trabalhando no mapeamento de chamadas da API do Linux para o Windows e vice-versa. Muito do trabalho necessário para que os aplicativos do Windows sejam executados sem modificações no Linux já foi feito.
Em suma, os desenvolvedores do Windows não terão que se preocupar em modificar seus aplicativos. A Microsoft poderia, sem muita dificuldade, permitir que continuassem rodando no Linux sem grandes mudanças.
Para muitas aplicações, nenhuma mudança será necessária
Por exemplo, o Office 365 agora traz mais dinheiro à Microsoft do que o MS-Office. Isso sem se falar em alternativas gratuitas que podem substituir o programa. Com a Microsoft fazendo todo o possível para levar os clientes a migrarem para aplicativos baseados em nuvem a partir de programas empacotados, o sistema operacional de desktop subjacente perde sua importância.
Assim, ao mudar para o Linux ou oferecer o Lindows como uma alternativa ao “Windows Clássico”, a Microsoft poderia economizar dinheiro para o desenvolvimento do Windows e criar um sistema operacional de desktop mais estável e seguro. Vamos ver o que ocorrerá nos próximos dois anos.